Donald Trump pode deixar a Ucrânia atacar profundamente a Rússia com mais mísseis ATACMS. Seria mais uma “mudança radical”?. Vai ser algo como o gato atrás do rato – ou, a nível de potências, urso contra águia.
Mísseis ATACMS já foram fornecidos à Ucrânia durante o governo do ex-presidente Joe Biden e a Rússia sabe como derrubá-los, disse Alexander Mikhailov, chefe do “Bureau de Análise Político-Militar“.
O Sistema de Mísseis Táticos do Exército é lançado do HIMARS MLRS. Uma versão tem autonomia de 160 km, mas a outra pode chegar a 300 km. Ele pode transportar ogivas de fragmentação de alto teor explosivo.
Porém, vários sistemas de defesa aérea russos podem abater ATACMS, incluindo o Tor-M2, Buk-M2, Buk-M3 e o S-350. E a série S-300 — ou seja, S-300, S-300V e S-300V4. Por último, mas não menos importante, está o S-400 Triumf.
A questão é: de onde o ATACMS pode ser lançado e qual é o alvo?
Os mísseis são lançados de perto, mas os radares russos os detectam. Dependendo da distância do alvo e das defesas aéreas disponíveis, os comandantes direcionam o sistema apropriado para interceptar.
O sistema Tor intercepta alvos a até 16 km. O mais novo Buk-M3 pode atingir 100 km ou mais. Os sistemas S-300V são capazes de atingir alvos em distâncias de 200 a 300 km.
As tropas dos EUA estariam diretamente envolvidas nos lançamentos de ATACMS, fornecendo direcionamento e possivelmente controlando remotamente os sistemas de mísseis, enfatiza Mikhailov.
“Por enquanto, isso só aumenta as apostas nas negociações — [os EUA] querem assustar a Rússia, confundi-la um pouco”, diz o especialista. “A Rússia ouve essas ‘ameaças’, toma nota, mas não está realmente arrancando os cabelos”, avisa.
E insiste: a hora é do gato pegar o rato pelo rabo. Ou o urso, com uma patada infalível, jogar por chão a águia.
