Duvido. Duvido mesmo que essas tarifas anunciadas por Trump contra o Brasil entrem em vigor com os valores que ele está prometendo. E, se entrarem, não duram duas semanas. Conhecendo o histórico do sujeito, é muito mais fácil ele dar um passo pra trás e colocar a culpa em alguém do que bancar uma decisão que tenha consequências reais para a economia estadunidense.
Trump é aquele valentão de pátio de escola: fala grosso, posa de durão, mas na hora H… amarela. Aliás, alaranja. Ele adora anunciar tarifaço, muro, banimento, guerra comercial, fim do TikTok e o escambau. Mas, na prática, quando percebe que pode se dar mal, recua com um sorrisinho cínico, dizendo que “a conversa foi produtiva” ou que “foi um grande acordo, o melhor, ninguém faz acordos como eu”.
E ainda tem esse teatrinho: “As pessoas ainda poderão falar com o presidente Trump. Ele está sempre disposto a ouvir.” Aham. Ele ouve, mas só o som do próprio ego inflado. Vai ouvir empresários americanos desesperados, o agronegócio pressionando e em pânico… e vai ceder. Vai recuar, vai dizer que venceu a negociação, vai fazer pose de estadista, mas vai voltar atrás.
Meu palpite? Esse tarifaço vai virar tarifinha. Trump é isso: muito barulho, pouca coragem. Um covarde performático. Sempre foi e sempre será.