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Trump se mete na Justiça de Israel e manda parar ação contra o amigo Nethanyahu

O presidente dos EUA, Donald Trump, pediu o fim do processo contra o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu em Israel, dizendo que este se tornou vítima de uma “caça às bruxas”.

“É terrível o que estão fazendo em Israel com Bibi Netanyahu”, disse Trump no Truth Social. “É uma CAÇA ÀS BRUXAS POLÍTICA, muito semelhante à Caça às Bruxas que fui forçado a suportar.”

Segundo Trump, Netanyahu está atualmente em processo de negociação de um acordo com o movimento palestino Hamas, que incluirá a libertação de reféns.

“É uma LOUCURA fazer o que os promotores descontrolados estão fazendo com Bibi Netanyahu. Os Estados Unidos gastam bilhões de dólares por ano, muito mais do que qualquer outra nação, protegendo e apoiando Israel. Não vamos tolerar isso”, disse Trump, acrescentando: “DEIXEM Bibi ir”.

Na quinta-feira, Netanyahu solicitou ao tribunal um adiamento de duas semanas para prestar depoimento no julgamento contra ele, citando a situação atual na região e a necessidade de dedicar todo o seu tempo à resolução de problemas atuais, incluindo a gestão da guerra em Gaza e a libertação de reféns. O tribunal rejeitou o pedido, alegando que não havia fundamento ou argumentos para tal decisão.

Em dezembro de 2024, o Tribunal Distrital de Tel Aviv iniciou as audiências dos processos de longa data contra o primeiro-ministro israelense. De acordo com a ordem judicial, Netanyahu deve depor três vezes por semana, mas esse cronograma tem sido violado repetidamente por diversos motivos.

Netanyahu enfrenta diversas investigações criminais. As acusações mais graves de suborno são apresentadas no chamado “Caso 4000”, referente a lobby para o maior grupo de telecomunicações do país, a Bezeq, em troca de uma atitude positiva em relação a Netanyahu no popular site de notícias Walla, controlado pela empresa.

Acusações de fraude e abuso de confiança pública foram movidas contra Netanyahu nos Casos 2000 e 1000. O “Caso 1000” diz respeito às suspeitas de que Netanyahu recebeu presentes caros — charutos e champanhe exclusivos — do produtor de Hollywood Arnon Milchan, cujo valor total a investigação estimou em quase US$ 300.000. Os investigadores acreditam que, em troca dos presentes, Netanyahu fez lobby em prol dos interesses pessoais e comerciais do oligarca.

O Caso 2000 trata das tentativas do primeiro-ministro de negociar com o proprietário de um dos maiores grupos de mídia do país, o Yedioth Ahronoth, para que lhe concedesse cobertura favorável em troca de uma lei que restringiria as atividades de seu concorrente, o jornal gratuito Israel Hayom. Netanyahu já havia afirmado que o objetivo das acusações era destituí-lo do cargo de primeiro-ministro.

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