Dia desses viralizou uma notícia que parecia ter saído de um roteiro de comédia pastelão: um pastor de Goiânia foi flagrado andando pelas ruas da cidade usando calcinha fio dental e uma peruca loira. Eu, que não resisto a uma boa fofoca temperada com hipocrisia, achei a história divertidíssima!
Confesso que fiquei com pena da esposa, é verdade, porque ela provavelmente não sabia e quando o marido gravou um vídeo pra se explicar, ela aparecia ao fundo com o olheiras e semblante cansado.
Mas o detalhe mais saboroso é que o pastor era conhecido em sua comunidade justamente por pregar que homossexuais são pecadores e não entrarão no céu. Pois é, o mesmo homem que apontava o dedo no púlpito, acabou sendo desmascarado pelo fio dental no quadril. Ironia divina? Coincidência cósmica? Não sei. Só sei que gargalhei como há tempos não gargalhava.
E o que dizer dos memes? Foram um espetáculo à parte. Cada montagem melhor que a outra. Teve até figurinha de WhatsApp circulando nos grupos da família. Ri de todos, sem culpa nenhuma, porque rir de hipócrita é uma forma de terapia coletiva.
A única coisa que me entristece nessa história toda é que a internet não perdoa, mas também não guarda. As coisas passam muito rápido. Semana que vem, ninguém lembra mais do pastor da calcinha. E eu, nostálgica que sou, já sinto saudades dessa comédia gospel que nos uniu por alguns dias em risadas sinceras.
