Notibras

Volta à segunda origem resgata saudades de um ar mais intimista

Voltei ao Rio Grande do Sul. Eu nem sabia que a saudade tinha tomado conta de mim desse jeito. Descobri assim que cheguei e senti o ar diferente, úmido, pesado de chuva. Era como se meu corpo tivesse reconhecido algo que a razão ainda não tinha nomeado.

Eu estava com saudade da melodia suave do sotaque porto-alegrense, dessa música que a gente só percebe quando se distancia. Saudade da umidade que gruda na pele, da chuva que nunca parece acabar, do frio que atravessa o casaco. Saudade de tudo.

Esse lugar, que fica tão longe da minha terra natal, também é um pouco meu. Foi aqui que vivi histórias importantes, foi aqui que me reinventei.

É curioso como a gente pode pertencer a mais de um canto do mundo, como se a vida fosse costurando pedaços da gente em diferentes paisagens. O Rio Grande do Sul me chama de volta não só com lembranças, mas também com um sentimento de lar. E, nessa volta, percebo: algumas saudades a gente só reconhece quando volta a respirar o mesmo ar que um dia já foi nosso.

Sair da versão mobile