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Aécio prega bloco harmônico de oposição para ‘demolir’ PT

O ex-candidato ao Palácio do Planalto Aécio Neves estará em Brasília na terça-feira para assumir seu papel histórico, o de pastor de seu rebanho desgarrado, mesmo com um resultado de 51 milhões de votos favoráveis.

Como no Brasil o único resultado que interessa é a vitória – e não preparar as bases para estruturar uma vitória na eleição imediatamente depois – Aécio ainda terá que dar explicações a seus sôfregos companheiros que se batem com o TSE para auditar os votos da eleição. Que perda de tempo!

Enquanto saudosistas – não muitos, na verdade – ocupam as ruas e as redes sociais para pedir a volta dos militares e o impeachment da presidente Dilma, Aécio terá que apresentar mais do que isto no seu discurso de união da terça-feira.

Convites estão sendo expedidos pelo PSDB a todos os presidentes dos partidos oposicionistas para estarem presentes na reunião de Brasília, que os tucanos querem histórico.

Aécio os concitará à formação de um bloco harmônico de pensamento e ação contra o governo. A demolição do PT, com ideia e aparelho governamental – é o objetivo central.

A insistência nas denúncias e corrupção na Petrobras e demais flancos podres do governo e a reconvocação da CPI em bases mais fundamentadas com o apoio generalizado dos partidos que fazem a oposição ao governo, seria o grande toque de reunir.

Uma estimativa em mãos de um importante quadro do PSDB do Senado antecipava ontem a esta CARTA que o bloco oposicionista naquela casa que poderá marchar engajado na palavra de ordem de união alcançará 7 partidos e 41 senadores, ou seja, a linha de tangência da maioria na casa: estariam juntos PSDB, DEM, PSB, PTB, PDT, Psol, parte do PP – a liderada pela senadora Ana Amélia – e a ala independente do PMDB.

Espera-se para isto que o discurso de Aécio não seja mais eleitoral e um chamamento realista ao pragmatismo.E que o ex-candidato seja a mais disponível a seus pares para exercer liderança sobre todos os partidos de oposição.

Leonardo Mota Neto, in Carta Polis

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