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Agricultores se unem para enfrentar narcotraficantes

Members of the self-defense group Pueblos Unidos carry out guard duties in protection of avocado plantations, whipped by drug cartels that dominate the area, in Ario de Rosales, state of Michoacan, Mexico, on July 8, 2021. - Peasants have organised against the harassment of drug traffickers, whose violence has intensified in the country. (Photo by ENRIQUE CASTRO / AFP)

Uma caravana de homens armados circula livremente por uma rodovia em Michoacán, no oeste do México. Dizem que são plantadores de abacate que se levantaram contra o assédio dos narcotraficantes, cuja violência voltou a aumentar no país.

Com fuzis em caminhonetes, os encapuzados viajam entre plantações no município de Ario de Rosales, onde mantêm postos de controle e constroem trincheiras de pedra.

“Antes os carros de abacate eram roubados e agora que as barricadas foram erguidas, nada se perde (…). Havia extorsões, sequestros”, afirma à AFP um membro do grupo Pueblos Unidos, que surgiu meses atrás e assegura ter 700 homens.

“Precisamos estar armados para nos defender (…). Antes, desarmados, vinham e faziam o que queriam com a gente e isso não acontece mais”, acrescenta o homem, que esconde sua identidade.

Organizações como a sua afirmam conter os cartéis, que intensificaram seus ataques nos Estados de Michoacán, Tamaulipas (nordeste, fronteira com os Estados Unidos) e Zacatecas (norte).

Em maio, ocorreram 2.963 homicídios dolosos no México e, desde janeiro, um total de 14.243 foram registrados, segundo o governo.

Em um dos eventos mais graves, em 19 de junho, supostos atiradores do Cartel do Golfo mataram 15 pessoas em Reynosa (Tamaulipas). Quatro agressores foram mortos por policiais.

Em 29 de junho, nove corpos foram encontrados perto da Ciudad Miguel Alemán (Tamaulipas), onde criminosos disputam o controle de uma ponte de fronteira com o Texas, Estados Unidos, por onde passam drogas, armas e migrantes sem documentos, segundo uma fonte de inteligência.

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