A Bahia, estado conhecido por sua riqueza natural e cultural, tem se destacado nos últimos anos na preservação de seus ecossistemas costeiros e do cerrado, biomas essenciais para a manutenção da biodiversidade, regulação climática e desenvolvimento sustentável da região.
Com mais de 1.100 km de litoral, o estado enfrenta desafios crescentes relacionados à erosão, poluição e ocupação irregular das áreas costeiras. Em resposta, o governo baiano, em parceria com universidades, ONGs e comunidades locais, tem implementado projetos de recuperação de manguezais e restinga, além de programas de educação ambiental que envolvem pescadores e moradores das regiões litorâneas.
“Os ecossistemas costeiros não são apenas refúgios de espécies marinhas, mas também barreiras naturais contra tempestades e erosão. Preservá-los significa proteger vidas e garantir a sustentabilidade econômica da região”, afirma a bióloga Marina Santos, especialista em ecossistemas costeiros da Universidade Federal da Bahia.
No interior do estado, o cerrado baiano — considerado um dos biomas mais biodiversos do planeta — também recebe atenção especial. Apesar de menor visibilidade, a vegetação típica do cerrado é vital para o equilíbrio hídrico, manutenção de espécies endêmicas e mitigação dos impactos das mudanças climáticas. Projetos de reflorestamento e incentivo à agricultura sustentável têm sido ferramentas-chave para conciliar desenvolvimento econômico e preservação ambiental.
Dados recentes do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Inema) apontam que áreas de preservação ambiental e unidades de conservação no estado cresceram 12% nos últimos cinco anos, resultado de políticas públicas e engajamento da sociedade civil.
Para especialistas, o sucesso desses esforços depende de ações contínuas e do fortalecimento de políticas integradas entre governo, setor privado e população. “O futuro da Bahia e de seus biomas está diretamente ligado à forma como valorizamos e protegemos nosso patrimônio natural hoje”, alerta Santos.
Enquanto os desafios permanecem, a Bahia dá sinais claros de que é possível conciliar desenvolvimento e preservação, transformando suas paisagens costeiras e o cerrado em exemplos de sustentabilidade no Nordeste brasileiro.
