Notibras

Bem que tentaram quebrar, mas urna continua inteira

Técnicos do TRE-DF realizam a conferência e a lacração de urnas eletrônicas para o 1º turno das Eleições 2022.

Além do Halloween, do feriado de Nossa Senhora Aparecida, do Círio de Nazaré e do Outubro Rosa, dedicado à conscientização sobre prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama, o mês de outubro marca um dos momentos mais importantes no calendário de nossa democracia. A cada dois anos, é nesse período que os brasileiros escolhem seus representantes. Daqui a pouco menos de um ano, em 4 de outubro de 2026, quase 160 milhões de brasileiros voltarão às urnas eletrônicas para o 1º turno das eleições gerais.

A disputa presidencial de 2026 não será uma eleição qualquer. Junto da importância que todo pleito representa para a concretização da democracia, as eleições do ano que vem marcarão a celebração de um fato histórico: os 30 anos da segura e “impenetrável” urna eletrônica, o que simboliza a maturidade e a plenitude do sistema eleitoral brasileiro. Desde sua estreia, nas eleições municipais de 1996, a urna modernizou a votação, reduziu o prazo de apuração – de dias para apenas algumas horas – e se transformou em sinônimo de eficiência, segurança e sigilo do voto.

Vale lembrar que as campanhas de desinformação contra a máquina de votar promovidas pela extrema-direita não conseguiram comprovar nenhum caso de fraude. Há também uma curiosidade sobre urnas eletrônicas e presidenciáveis. Em 1998, quando Fernando Henrique Cardoso foi reeleito presidente, apenas as cidades com mais de 40 mil habitantes puderam testar as urnas eletrônicas. O equipamento foi instalado em todo o país somente em 2002, ano em que Luiz Inácio foi vitorioso com 61,27% dos votos válidos em segundo turno, superando José Serra, que conquistou à época 38,73% dos votos válidos.

Portanto, Lula foi o primeiro presidente da República eleito com votos totalmente eletrônicos. Caso dispute e vença em 2026, ele ajudará o Brasil a enterrar de vez o ciclo de uma lesiva campanha de descrédito de um sistema eleitoral admirado em todo o planeta. Ao longo desses 30 anos de eficácia, rapidez, segurança, confiabilidade, transparência e de fracassadas tentativas de fraudes, a urna jamais registrou um incidente de relevância. Embora tenham tentado, desde a implantação da máquina de votar não houve prova alguma de fraude nas eleições.

No pleito de 2022, mais um vencido por Lula, o candidato Jair Bolsonaro fez de tudo para desacreditar a urna eletrônica. Seguindo a fórmula de Donald Trump, ele chegou a afirmar em 2018 que só aceitaria o resultado das urnas se fosse o vencedor. Ganhou e optou por repetir a estratégia em 2022. Perdeu a eleição, a credibilidade política, foi condenado, será preso e, ao que parece, nunca mais terá a oportunidade de questionar, como postulante, o sistema da Justiça Eleitoral.

Apesar de ter sido transformado em vilão pelo ex-presidente Bolsonaro, o equipamento genuinamente brasileiro se consolida, ano após ano, como um ícone da democracia. A avalanche de fake news decorrente da mentirosa e agressiva tentativa de desacreditar internacionalmente as urnas começou a ser julgada semana passada pelo Supremo Tribunal. É o chamado Núcleo 4 da tentativa de golpe. Para lembrar aos milhões de eleitores brasileiros, tanto nas eleições gerais quanto nas municipais, o 1º. turno sempre ocorre no primeiro domingo de outubro. Se necessário, o 2º turno será no dia 25 de outubro nas cidades com mais de 200 mil eleitores.

Sair da versão mobile