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Bolsonaro brinca de ditador, diz Gilmar

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo, ocupou as redes sociais neste sábado, 6, para criticar as limitações ao acesso de informações da pandemia de covid-19 impostas pelo presidente Jair Bolsonaro ao Ministério da Saúde. Em uma postagem no Twitter, o ministro afirmou que a manipulação de estatísticas é “manobra de regimes totalitários”.

“Tenta-se ocultar os números da #Covid19 para reduzir o controle social das políticas de saúde. O truque não vai isentar a responsabilidade pelo eventual genocídio #CensuraNao e #DitaduraNuncaMais”, escreveu o ministro no meio da noite.

Antes, em entrevista, o ministro havia dito que é necessário “parar de brincar de ditadura”. Na opinião dele, se houver “silêncio” e “inércia” das pessoas à postura antidemocrática do grupo do presidente Jair Bolsonaro, “daqui a pouco pode ser tarde” para a preservação das instituições.

Na entrevista, Gilmar Mendes disse, ainda, considerar um “alerta” a comparação feita pelo decano da Corte, Celso de Mello, entre o Brasil atual e a Alemanha de Hitler. Em uma mensagem de WhatsApp, Celso de Mello acusou bolsonaristas de odiar a democracia e pretender instaurar “desprezível e abjeta ditadura”.

Mendes citou a dificuldade das populações nas favelas fazerem o auto-isolamento, com condições precárias de saneamento e às vezes só um quarto para uma família, e disse que era preciso avançar na urbanização e na questão fundiária no país. Enquanto narrava esse cenário, Mendes se referiu a Mandetta como alguém que teria uma missão de “animador social” no pós-coronavírus, pela “credibilidade” que teria adquirido na gestão do Ministério da Saúde.

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