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Centrão vence primeiro round mas fica nas cordas no canto do ringue

Plenário estará vazio... Foto/Arquivo Notibras

O centrão venceu por nocaute o primeiro round do IOF contra o governo, mas também apanhou bastante na rodada seguinte. Pode não ter ido à lona, mas as redes sociais conseguiram deixar a marca de um Congresso que protege os super-ricos. E não é que a luta de classes conseguiu fazer em uma semana o que os marqueteiros não conseguiram em três anos?! Interromper a curva de queda e levantar a popularidade de Lula.

Neste ritmo, é bem provável que o tema da justiça fiscal possa ser um mote que se estenda até a campanha eleitoral do próximo ano e, mesmo que os índices de aprovação do governo não estejam disparando, Lula aparece agora com uma vantagem de dez pontos em relação a Tarcísio e Michelle Bolsonaro. Mas, antes de 2026, o governo ainda precisa vencer as batalhas de 2025.

Mesmo ferido e magoado com os ataques da semana passada, nada indica que o Congresso vá recuar em relação ao IOF. Tampouco Fernando Haddad. Da parte de lá, vale fustigar, prometendo colocar a anistia em votação antes do recesso ou prometendo a relatoria da CPMI do INSS para Nikolas Ferreira. Do lado de cá, o Planalto lembra que as emendas de Comissão, distribuídas por Motta, não são impositivas e o Executivo libera se quiser. Além disso, deve deixar para Davi Alcolumbre o desgaste de sancionar o aumento do número de deputados.

No meio do impasse, a solução pode estar vindo de um velho conhecido do Planalto e do centrão, Arthur Lira. O ex-todo poderoso da Câmara, responsável pelo projeto de isenção do Imposto de Renda, poderia incluir as compensações que Haddad precisa no seu projeto, desarmando ambos os lados.

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