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Chuva chega e começa a mudar a paisagem do solo seco nordestino

Quando se fala em Nordeste, o que vem à mente são praias paradisíacas, sol escaldante e calor o ano inteiro. Mas quem visita o sertão e o interior da região durante o inverno se surpreende com uma paisagem diferente: o frio. Sim, o frio nordestino é real — e proporciona uma experiência única para moradores e turistas.

Em cidades como Triunfo (PE), Garanhuns (PE), Guaramiranga (CE) e Pico do Jabre (PB), as temperaturas podem cair abaixo dos 12°C entre junho e agosto. Esses destinos, situados em regiões serranas, são um convite ao turismo de inverno, oferecendo neblina nas manhãs, lareiras acesas nas noites e um charme europeu com sotaque nordestino.

“Eu não esperava encontrar esse frio aqui. Foi uma surpresa maravilhosa!”, conta Carla Menezes, turista de Salvador, que visitou Guaramiranga pela primeira vez em julho. “A sensação de tomar um chocolate quente à beira da serra, com esse vento gelado no rosto, é impagável.”

Além do clima, o inverno no Nordeste traz paisagens transformadas: a vegetação seca do sertão dá lugar a tons verdes intensos nas áreas mais altas. Em Garanhuns, por exemplo, o Festival de Inverno movimenta a cidade com música, arte e cultura, tornando o frio ainda mais convidativo.

Para os moradores locais, o frio é motivo de orgulho e acolhimento. “A gente adora quando os visitantes vêm curtir nosso inverno. É uma época especial para o comércio e para mostrar uma outra face do nosso Nordeste”, afirma Seu João Ferreira, dono de uma pousada em Triunfo.

Seja para fugir do calor habitual, experimentar um clima diferente ou se encantar com novas paisagens, o inverno nordestino prova que o frio também tem espaço — e charme — abaixo da linha do Equador

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