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Chuva dá pausa no Nordeste e criançada vai para praia

Era um dia comum, mas para aquelas crianças nordestinas, seria lembrado como o mais especial. Após dias seguidos de chuva, o céu azul se estendia sem pressa sobre o horizonte, e o som das ondas parecia chamar cada coração inocente que pisava pela primeira vez na areia.

Os pequenos corriam, com os olhos arregalados e o peito acelerado. Alguns vinham do sertão, onde o mar era apenas uma história contada pelos mais velhos ou uma imagem vista na televisão. Agora, ali, diante daquele imenso espelho azul, era como se estivessem diante de um sonho materializado.

O primeiro toque da água nos pés foi mágico. Gritos de alegria ecoaram, risos soltos se misturaram com o barulho das ondas. Os olhinhos brilhavam como estrelas. Era impossível conter a emoção — alguns se calavam, outros pulavam sem parar, mas todos, sem exceção, traziam no rosto o mais puro dos sorrisos.

Era felicidade sem filtro, sem cobrança, sem pressa. A alegria de sentir o mar, de descobrir o sal, de ver os barcos ao longe e imaginar que o mundo era ainda maior do que podiam supor.

Naquela manhã simples, entre castelos de areia e mergulhos rasos, morava um momento eterno. Um instante em que a infância nordestina, tantas vezes marcada pela seca e pelas dificuldades, se banhava em esperança e beleza.

O mar acolhia cada um como um velho amigo. E o coração das crianças, tão grande quanto aquele oceano, guardava mais do que lembranças: guardava uma emoção que nunca iria embora.

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