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Clã Bolsonaro entra em modo desespero vendo Trump próximo de Lula

À espera de um milagre ou de uma manobra do novo amigo de infância Luiz Fux, o ex-presidente Jair Bolsonaro, mesmo recolhido na masmorra erótica do lar, tenta conter o filho 01, Flávio Bolsonaro, que está à beira da loucura. Juntos, papi e o primogênito buscam amenizar a dor atroz do caçulinha, o 03 Eduardo Bolsonaro, hoje à beira de um ataque de nervos com a possibilidade de Luiz Inácio e Donald Trump darem a primeira tragada no cachimbo da paz. Ou seria no charuto cubano da concórdia? À beira da agonia, ele espera pela chegada do porta-aviões Gerald Ford à Venezuela, com escala na Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro.

Tanto faz. Do outro lado da pátria, o da alegria, o povo brasileiro está à beira do caminho da praia, do parque, da Avenida Paulista e da orla de Copacabana para comemorar a decadência de um clã que até pouco tempo se imaginava dono do mundo. À beira do abismo, seus integrantes começam a perceber que, independentemente dos cargos de vereador, deputado federal, senador e ex-presidente da República, são todos mortais como qualquer um dos cerca de 213 milhões de brasileiros.

Ou seja, apesar do poder temporal, nunca estiveram à beira da eternidade. Pelo contrário. Sempre viveram à beira de um colapso. E que seja assim até o fim de seus dias. Tantas fez o Jair que seu futuro está traçado por Alexandre de Moraes desde a maternidade. E de nada adiantará Luiz Fux se descabelar à procura de uma brecha para tentar livrar o camarada do xilindró. Xandão já se descabelou o necessário para que o cabeludo colega de plenário consiga a favor do mito pouco mais do que mantê-lo à beira do Lago Paranoá.

Para quem não está familiarizado, o referido Lago, que já serviu de memoráveis passeios de jet ski, margeia a aprazível e pouco recomendável Papuda, a jóia da gradeada hotelaria nacional. Enquanto aguarda o desfecho de sua vida pública à beira da extinção, Jair Bolsonaro assiste pela Globo Lixo, canal da preferência de 11 entre dez patriotas, o presidente Lula à beira de um novo ataque de sandices, cuja máxima das máximas é entender que os traficantes de drogas são vítimas dos usuários. É claro que ele disse o que não queria dizer.

Por isso, tudo indica que o dito ficou pelo não dito. Em outras palavras, o repentino vacilo não ofusca seu crescimento político, principalmente se, após a tragada conjunta no narguilé temperado com as ervas do agronegócio nacional, Lula e Trump decidirem que o tarifaço deve ser suspenso e apagado da memória de brasileiros e de norte-americanos, considerando que, mais do que imposição de um apátrida degenerado, a destemperada iniciativa foi somente intriga da oposição. À beira da estrada, sem lenço e sem documento, deve estar o senador Flávio Bolsonaro.

Ainda que reconheçam que ele esteve à beira de um surto e mesmo com retratação pífia, suas palavras jamais serão esquecidas pelo povo brasileiro, notadamente os cariocas e fluminenses, cuja maioria é reconhecidamente rubro-negra. Beirando o delirium tremens, 01 foi às redes sociais, sempre elas, para sugerir que os Estados Unidos bombardeassem embarcações suspeitas na Baía de Guanabara. Para nossa sorte, Trump não ouviu tal sandice. Aproveitando a química da ONU, ele estava à beira do momento fofura com Lula. Talvez seja esse o momento ideal para o líder dos EUA reconhecer de vez a plena soberania política e econômica do Brasil de Lula e não dos Bolsonaro. À beira do precipício deve estar 03, o novo pária do Brasil.

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Wenceslau Araújo é Editor-Chefe de Notibras

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