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Coletes Amarelos voltam às ruas pelo 13º sábado seguido

Foto/AFP - EstadãoConteúdo

Os “coletes amarelos” retomaram os protestos em toda França neste sábado, 9. Esta é a 13.ª manifestação desde o início do movimento, agora enfraquecido depois de três meses nas ruas. Um manifestante perdeu a mão em um incidente durante a marcha desta manhã.

Nos últimos dois sábados, a presença de manifestantes foi menor. Segundo o Ministério do Interior francês, 58,6 mil pessoas se mobilizaram no dia 2 de fevereiro. O movimento rejeita esse número e fala em 116 mil.

Em Paris, centenas de pessoas se dirigiram à Avenida Champs-Élysées nesta manhã, de onde seguiriam até à Torre Eiffel, indicou um jornalista que estava no local.

“Não podemos nos render. Temos que ganhar para ter mais justiça social e fiscal neste país”, disse Serge Mairesse, um aposentado de Aubervilliers, região próxima a Paris, que carregava um cartaz reivindicando o restabelecimento do imposto sobre fortunas. Essa taxa foi substancialmente reduzida pelo presidente francês, Emmanuel Macron.

“Este movimento expressa a autêntica raiva social neste país, as pessoas que nunca são ouvidas”, afirmou o homem de 63 anos, que participa de sua 11.ª manifestação desde o começo da onda de protestos, em novembro de 2018. Segundo uma pesquisa publicada na quinta-feira, dois em cada três franceses (64%) apoiam o movimento.

Os manifestantes gritavam palavras de ordem contra a polícia e os ativistas acusavam os agentes de terem usado balas de borracha contra a multidão, deixando vários feridos. Dois veículos blindados da Guarda Militar estacionaram em frente ao Arco de Triunfo, que foi atacado pelos manifestantes no dia 1.º de dezembro.

No restante da França, há manifestações previstas em Bordeaux e Toulouse, palco de confrontos nas últimas semanas. Também há mobilizações previstas para acontecer em Lille, Nantes, Rennes e Brest até o fim deste sábado.

O movimento está provocando um importante conflito diplomático entre França e Itália, depois que Luigi Di Magio, líder do Movimento 5 Estrelas e número 2 do governo italiano, reuniu-se na terça-feira com Christophe Chalençon, um dos líderes dos “coletes amarelos”.

As ações dos “coletes amarelos” reúnem franceses das classes média e baixa que criticam, desde o dia 17 de novembro, a política fiscal e social do governo, considerada injusta, e também reivindicam maior poder aquisitivo. Essa forma sem precedentes de mobilização dos cidadãos reflete-se, em especial, na ocupação de rotatórias em toda a França e em sessões de ação aos sábados.

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