Um consórcio privado e uma empresa do setor de saneamento venceram, nesta semana, o leilão de concessão da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), comprometendo-se a investir cerca de R$ 23 bilhões em obras de ampliação, modernização e universalização dos serviços de água e esgoto em Pernambuco. O certame foi realizado em ambiente competitivo e marcou uma das maiores concessões de saneamento da região Nordeste.
De acordo com o edital, o contrato prevê investimentos ao longo de mais de três décadas, com foco principal na expansão da rede de abastecimento de água, redução de perdas, construção e ampliação de estações de tratamento de esgoto e melhoria da qualidade dos serviços prestados à população. A expectativa do governo estadual é que, com os novos aportes, o estado avance significativamente no cumprimento das metas do novo marco legal do saneamento, que estabelece a universalização do acesso à água potável e ao esgotamento sanitário.
O consórcio vencedor apresentou a proposta considerada mais vantajosa, combinando outorga e compromisso de investimentos robustos. Segundo representantes do grupo, os recursos prometidos serão destinados tanto à capital e à Região Metropolitana do Recife quanto ao interior do estado, historicamente mais afetado por problemas de abastecimento e infraestrutura precária.
Autoridades estaduais comemoraram o resultado do leilão, destacando que a parceria com a iniciativa privada deve acelerar obras que, segundo o governo, seriam difíceis de viabilizar apenas com recursos públicos. “Estamos falando de um volume histórico de investimentos, que vai gerar empregos, movimentar a economia e, principalmente, melhorar a qualidade de vida da população”, afirmou um representante do Executivo estadual durante o evento.
Por outro lado, o processo também foi acompanhado com atenção por sindicatos e entidades da sociedade civil, que defendem fiscalização rigorosa do contrato e garantias de que não haverá aumento abusivo de tarifas ou prejuízos aos usuários. O governo afirmou que o modelo adotado prevê mecanismos de controle, metas obrigatórias e penalidades em caso de descumprimento.
Com a homologação do resultado, a próxima etapa será a assinatura do contrato e o início do período de transição. As primeiras obras estão previstas para começar nos próximos meses, com prioridade para áreas críticas de abastecimento e saneamento básico.
