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Crise da água chega a Minas e Pimentel admite racionamento

O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), disse que o Estado poderá sofrer racionamento de água nos próximos três meses. As áreas mais afetadas são a região metropolitana de Belo Horizonte e o norte do Estado.

“Se não chover, se o consumo não cair e se a vazão não aumentar em três meses, vamos ter que racionar severamente”, disse Pimentel após reunião com a presidente Dilma Rousseff (PT), nesta quarta-feira (28), em Brasília.

Pimentel disse que esta foi a primeira vez que a situação hídrica de Minas Gerais foi apresentada à presidente e que Dilma, que é mineira, demonstrou preocupação. O governador de Minas Gerais disse que o Estado vai implementar um conjunto de medidas para tentar evitar o racionamento que vão passar pela cobrança de sobretaxa a consumidores que gastarem mais do que a média do ano passado.

“Se essa campanha não for suficiente, vamos para o rodízio. Se não for suficiente, vamos para o racionamento”, afirmou o governador.

Na semana passada, a Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais) entrou com solicitação ao Igam (Instituto Mineiro de Gestão das Águas), órgão que regula os recursos hídricos no Estado, para que seja decretada “situação hídrica crítica” para poder adotar o racionamento.

Entre as obras previstas para enfrentar a crise hídrica em Minas está a ampliação do capacidade de captação de água no rio Paraopeba. A obra deverá aumentar a quantidade de água captada e transportada ao reservatório do rio Manso, principal reservatório da região metropolitana de Belo Horizonte.

Segundo Pimentel, as obras para ampliação da captação no rio Paraopeba só deverão ficar prontas em meados de novembro. “Se tudo der certo, nós vamos estar com essa capacidade aumentada em novembro desse ano. Então, precisa atravessar o ano. E para atravessar o ano tem que haver uma redução de 30% no consumo”, afirmou.

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