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‘Cueca de Couro’ pede licença e alivia Planalto

O senador Chico Rodrigues pediu licença do Senado por 90 dias, na véspera de o Supremo Tribunal Federal endossar a decisão do ministro Luis Roberto Barroso, que determinou o afastamento do parlamentar por Roraima por três meses, após ele ter sido flagrado com 30 mil reais escondidos na cueca.

Apelidado de ‘Cueca de Couro’ no desfecho da operação da Polícia Federal que investiga desvio de 20 milhões de reais destinados ao combate à Covid em Roraima, Chico Rodrigues foi pressionado por emissários do Palácio do Planalto a pedir licença, sob risco de suas relações com Jair Bolsonaro contaminarem o presidente.

O pedido de licença foi protocolado nesta terça-feira, 20. Segundo a assessoria do senador, a decisão é irrevogável. Ele ficará sem receber salários e outras vantagens nesse período. Mas as perdas dele ficarão no seio da família. É que seu filho Arthur Ferreira Rodrigues, de 41 anos, é seu suplente.

Chico Rodrigues tem fortes laços de amizade com Jair Bolsonaro desde a época em que os dois eram deputados. O próprio presidente disse, em outras oportunidades,  que ambos têm uma relação indestrutível.

Para se ter uma ideia desses elos, basta lembrar que Léo Índio, sobrinho de Bolsonaro, ocupou cargo no gabinete do senador com salário de 21 mil reais. Tão logo estourou o escândalo, na semana passada, o sobrinho presidencial, atendendo determinação do Planalto, pediu demissão.

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