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De peito aberto com Macron, e contra o Brasil

Viver em Paris é uma delícia, mesmo sendo a Cidade Luz, e não verde. Lá, mostrando os peitos em público e cobrando ações do governo em defesa de interesses próprios, o Femen manda e desmanda quando se trata de questões feministas.

E agora o grupo decidiu se aliar a Emmanuel Macron. Elas querem que o presidente francês coloque lenha na fogueira da crise gerada pelos incêndios florestais na Amazônia. Mas desta vez, podem se queimar.

Partiu do Femen a sugestão de o G-7, que está reunido na paradisíaca Biarritz, colocar o governo brasileiro contra a parede e exigir leis mais severas para a preservação do meio ambiente. A reunião das sete maiores economias do mundo acaba na segunda, 26. Mas até lá o Brasil vai mostrar que nem sempre onde há fumaça, há fogo.

Uma das chantagens patrocinadas pelas feministas francesas é de que Macron vete o tratado UE-Mercosul até que o governo brasileiro dê mostras de que a Amazônia é prioridade. Em suas postagens, o Femen pede uma “campanha real para condenar a política ambiental do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro”.

Para mostrar apoio #ForAmazonia, o movimento traçou paralelos entre os incêndios na floresta tropical e o incêndio que engoliu a catedral medieval francesa de Notre Dame no início deste ano: “Quando Notre Dame foi incendiada, toda a França foi incendiada. Agora, quando os pulmões do mundo estão queimando, o mundo inteiro deve se erguer”.

Em resposta, o presidente brasileiro criticou fortemente a fraqueza e a sugestão do seu colega francês de abordar o assunto da Amazônia sem o envolvimento dos países da região:

“Lamento que a Macron busque obter ganhos políticos pessoais em um assunto interno para o Brasil e outros países amazônicos. O tom sensacionalista que ele usou não faz nada para resolver o problema. A sugestão do presidente francês de que assuntos amazônicos sejam discutidos no G7 sem a participação de os países da região evocam uma mentalidade colonialista equivocada no século 21 “, disse Bolsonaro.

Os incêndios florestais na Amazônia estão acontecendo, é verdade, Como também costumam acontecer na Espanha, Portugal, Grécia e outros países onde ainda existem florestas. Ao forçar a barra com Macron, teme-se que as feministas do Femen sirvam peitos a pururuca. Bem passados.

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