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Direita decide enlouquecer seus presos para tentar fazer o Judiciário de bobo

Fachada do edifício sede do Supremo Tribunal Federal - STF

Há coisas no Brasil que a gente nunca esquece. O fim da ditadura de 1964 está eternizado na memória da maioria dos quase 215 milhões de brasileiros. Embora tenha sido executada pela minoria que ainda hoje lamenta a partida dos generais, a barbárie terrorista de 8 de janeiro de 2023, liderada por Jair Bolsonaro e seus lacaios do PL e adjacências, também jamais será esquecida. Entre 1964 e 2023, a vitória da democracia ante o golpismo é o registro mais importante da história recente do Brasil e sobre o qual nos debruçaremos pelo resto de nossos dias.

A liberdade que desfrutamos decorre da conscientização popular de que o verdadeiro patriotas não é de direita e nem de esquerda. Ele simplesmente é contra os idiotas de ambos os lados. Denominados idólatras, esses tipos têm mais destaque naquele lado ideológico que transformou em mito um capitão sem lastro algum no Exército. Logo quem. Se nem Jesus agradou a todos, imagina ele que nunca se esforçou para isso. Muito pelo contrário. Fez de tudo e mais um pouco para se assemelhar aos piores déspotas que já habitaram o planeta Terra.

Derrotados nas ruas, nas urnas, na Polícia Federal e nos tribunais, os representantes do extremismo à direita mais uma vez resolveram apelar para o que há de pior no ser humano: mentir para si mesmo. É a regra eleitoral de quem perde o chão e os votos, consequentemente o poder. Encurralados, emparedados e com a inteligência artificial sem bateria, os conservadores mais radicais optaram pela demência coletiva e obviamente fingida. Obviamente que a proposta é fazer o Judiciário de bobo.

Ou seja, chegou a hora de a extrema-direita mostrar sua verdadeira cara, isto é, se fazer de desentendida para evitar responsabilidades. Não conseguirão, pois do outro lado, o da Justiça, há loucos capazes de enxergar à distância falsas alucinações. A do ex-presidente e agora presidiário Jair Bolsonaro foi o grande exemplo de que Deus criou os sábios para confundir os loucos e os aloprados. Por isso, o Jair, que não é o Messias, perdeu a razão ao tentar justificar seus atos de delirium tremens diante do ferro de soldar.

Em sua doidice temporária e oportuna, Bolsonaro só se esqueceu de lembrar que, enquanto os loucos dormem, os sábios olham a lua tentando se antecipar ao próximo desatino dos loucos que acham suas sagradas loucuras. O mais interessante são os fascistas com firma reconhecida em cartório se passarem por insanos. São aqueles que, por conveniência, ficam doidões para esquecer o longo período em que experimentaram da sanidade absolutista que chegaram a pensar eterna.

O mais lamentável no falso estágio de debilidade mental ocorre quando o juízo dá lugar à patifaria combinada. É a banalização da demência. Como explicar a perda de memória de determinadas figurinhas que já tiveram peso, mas que hoje fogem da lei como ratos. Caso de Jair Bolsonaro e, mais recentemente, do general Augusto Heleno. Preso, ele descobriu que, desde 2018, sofre do mal de Alzheimer. Curioso é que nem o Alzheimer sabia disso. Como o ministro Xandão não é bobo, provavelmente ele tranquilizará o general ao afirmar que 21 anos passam rápido e que sua prisão é algo que em breve ele já terá esquecido.

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Heliodoro Quaresma, jornalista com passagem por vários jornais do país com sucursais em Brasília, decidiu, após 15 anos de aposentadoria, colocar sua velha Remington em lugar de destaque na estante da sala e usar um Notebook seminovo para escrever semanalmente para Notibras.

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