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Direita esperneia, o mundo gira, o tempo voa e LuLa continua numa boa

Como aquele velho comercial de banco, o tempo passa, o tempo voa, mas Luiz Inácio continua numa boa. Tricampeão eleitoral, enquanto a direita esperneia, ele se prepara para o tetra. Sem medo do amanhã, Lula da Silva já foi apelidado de tudo pelos representantes da outra linha ideológica, aquela para a qual só seus aliados são bons, sérios, honestos e democratas. Só que não. Embora o Brasil caminhe celeremente na direção contrária à política da força e de ameaças, os falsos patriotas continuam arquitetando e promovendo publicamente ações contra a nação que tanto dizem amar.

Paralelamente ao demagógico patriotismo, os extremistas, notadamente os do PL de Valdemar Costa Neto e de Eduardo Bolsonaro, não estão nem aí para as mazelas da população. Pelo contrário. Liderados à distância por Jair Bolsonaro, seus filiados e simpatizantes esquecem que o bem comum é muito mais importante do que qualquer divergência político-partidária. Problema deles. Enquanto a tropa do PL e as demais legendas da direita escolhem o presidenciável de 2026 reprisando a briga entre Acelino Popó e Wanderlei Silva, Lula espera sentado pelo adversário.

É claro que no jogo político tudo é possível. Apesar da máxima ulyssista, está provado que o mal jamais vencerá o bem. Pode até levar alguma vantagem, ganhar algumas batalhas, como a de 2018, mas nunca ganhará a guerra. O princípio desta afirmação é básico. O bem vence o mal por uma questão simples: o bem sabe onde quer chegar. O mal dá voltas, mas não chega a lugar algum. Por falar em dar voltas, o mundo gira em torno de nós mesmos e, sem percebermos, nos pega antes da primeira curva.

Quem não se lembra daquele período em que os brasileiros que sofriam com o vírus da Covid-19 foram tachados de maricas? Quantas vezes me pediram para eu parar de frescura? Muitas. Lamentavelmente, alguns que me acusavam de mimimis estão na terra dos pés juntos. Uma pena, mas, felizmente, a razão e a verdade prevaleceram sobre o negacionismo. Resumindo, a fúria e a belicosidade da extrema-direita não venceram a força e a esperança dos que fecham com o progresso.

O mantra dos que professam a paz é no sentido de que jamais comecem uma guerra sem a total certeza de que irão vencê-la. Está escrito na Bíblia que ninguém vence uma batalha sem ter fé, sem acreditar que é capaz e, sobretudo, sem a calma na alma. Ainda que seja visto como o demônio reencarnado em Garanhuns, Luiz Inácio Lula da Silva vem mostrando ao Brasil e ao mundo que o carisma é o grande segredo do encantamento e da vitória. Diziam os velhos políticos que vencer não significa apenas ganhar.

Lutar por ideais pessoais e coletivos é o maior mérito dos que homens públicos. Assim como no jogo da vida, na política o vitorioso nem sempre é aquele que mais acerta. A eleição de 2022 provou que venceu quem menos errou. Lula ganhou e, como bravo é aquele que não sente medo, deverá ganhar novamente em 2026. Parafraseando o poeta Carlos Drummond de Andrade, na política não há vivos. “Há os que morreram e os que esperam a vez”. Sem dar um tiro, sem gritar e sem espernear, Lula rodou o pião da casa própria e seus nove dedos convergiram para o 13 da sorte. Como o mal insiste em ser ruim, é com eLe que eu vou a partir de hoje, dia 13 de outubro.

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Mathuzalém Júnior é jornalista profissional desde 1978

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