Quem chega ao Nordeste logo percebe: não é apenas o sol que aquece, é também o coração de quem ali vive. O povo nordestino carrega no sorriso a leveza de quem aprendeu a transformar a dureza da vida em canto, dança e festa. A hospitalidade não é apenas gesto de educação, mas sim um modo de existir, um costume que se repete de geração em geração.
É comum, ao visitar uma casa simples do sertão ou uma beira de praia, ser recebido com um café passado na hora, um pedaço de bolo de milho ou até um prato de feijão fresquinho. Não importa se há fartura ou escassez: o pouco se reparte, porque dividir é multiplicar afetos.
Nas feiras, nas praças, nas calçadas, a vida pulsa em comunidade. O abraço é apertado, a conversa é demorada, e sempre há espaço para uma piada ou um “causo” contado com graça. O nordestino gosta de ver gente por perto, de acolher como se cada visita fosse da família.
A alegria do povo do Nordeste não se mede em bens, mas na intensidade da vida. Está no som do forró que arrasta os pés nas noites de festa, na gargalhada que ecoa entre vizinhos, na fé que se transforma em romaria, no batuque do maracatu, no cortejo do reisado.
E assim, entre simplicidade e grandeza, o Nordeste ensina: ser alegre é resistir, e ser hospitaleiro é acreditar que o outro também é parte da gente.
