As drogas estão se espalhando pelo Nordeste como fumaça de canavial queimado em fim de colheita. É parte do retrato de um mundo cada vez mais exposto a influências externas e perigos silenciosos. Por isso, proteger nossas crianças do envolvimento com drogas tornou-se uma missão essencial para famílias, escolas e toda a sociedade. A boa notícia é que a prevenção ainda é a forma mais eficaz de combate a esse problema.
Segundo especialistas, a prevenção começa dentro de casa. Pais que conversam abertamente com seus filhos sobre os riscos das drogas, estabelecem laços de confiança e acompanham de perto suas atividades ajudam a fortalecer a autoestima e a capacidade de dizer “não” às pressões externas.
“A comunicação é a principal ferramenta de proteção. Crianças informadas são menos vulneráveis”, explica a psicóloga infantil Marina Lopes. “O diálogo frequente sobre valores, escolhas e consequências deve começar cedo, de forma apropriada à idade.”
Além do ambiente familiar, a escola tem papel fundamental na prevenção. Programas educativos, palestras, atividades extracurriculares e apoio psicológico são recursos eficazes. Iniciativas como o PROERD (Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência) têm mostrado resultados positivos em diversas cidades do país.
A participação da comunidade também é essencial. Projetos sociais, esportivos e culturais ajudam a ocupar o tempo livre das crianças e oferecem alternativas saudáveis de convivência e crescimento.
É importante que pais e educadores estejam atentos a mudanças bruscas de comportamento, queda no rendimento escolar, isolamento, agressividade ou apatia. Esses podem ser sinais de que algo não vai bem e merecem atenção imediata.
Uma coisa é certa: proteger nossas crianças das drogas é uma tarefa coletiva. Quanto mais cedo começarmos a prevenção, mais chances teremos de formar uma geração consciente, saudável e segura. Informação, diálogo, apoio e amor continuam sendo as armas mais poderosas nessa luta.