Entre os milhares de doentes jogados nas penitenciárias do Brasil há um cidadão que usa uma suposta alucinação para se livrar da merecida pena de 27 anos e três meses de cadeia. Ex-presidente da República, esse sujeito é o mesmo que passou quatro anos se vangloriando de seu “histórico de atleta”, que debochou dos mais de 700 mil mortos pela Covid e agora, alegando uma falsa “saúde frágil”, demonstra ser infinitamente menor do que todos aqueles nos quais pisou sem dó e nem piedade. Na verdade, ele nunca foi grande. E jamais será.
De tão pequeno, passou para a história como o único mandatário a perder a reeleição após a redemocratização. Ele está preso e, apesar das firulas demagógicas de “seus” deputados e senadores, de lá não sairá tão cedo. Como um senhor que perdeu os anéis, infelizmente ele deixou os dedos para infernizar o povo brasileiro pelo menos até outubro de 2026. Único culpado das mazelas que estamos vivendo e que ainda viveremos, o fulano gerou um bando de parlamentares insignificantes, desprezíveis, parasitas e que também não farão parte da história do país.
No futuro, no máximo servirão de mote para romances policiais com protagonistas reais. Eleitos para trabalhar e defender a sociedade, os elementos travestidos de congressistas se imaginam legislando exclusivamente para um arremedo de político que não aceita a existência de pessoas melhores, mais capacitadas, mais politizadas e menos odiadas do que ele, um demagogo de absoluta fraqueza moral, cuja “longa” vida pública é tão insipiente e encardida (para não dizer suja) como a trajetória de uma barata de esgoto.
É para proteger esse tipo que a maioria da Câmara dos Deputados tenta emparedar um presidente que só deixou a prisão depois dela ter sido revogada pelo Poder Judiciário. Provavelmente se valendo do apelido de “cachaceiro”, Luiz Inácio vem mostrando na prática a diferença entre a força de um estadista e a enganação de um mentiroso contumaz. É isso que assusta os bolsonaristas com assento nas duas casas do Congresso. Assumidamente inimigos de Lula e predadores ambientais, os bárbaros da Câmara e do Senado foram capazes de expor o Brasil a um retrocesso ambiental sem precedentes.
Em nome da modernização, a ordem “superior” foi esvaziar o papel da União como protetora de biomas, de populações tradicionais, dos rios e das florestas. Incompreensível como um país da grandeza do Brasil ainda abriga eleitores que louvam um Legislativo que, esquecendo a fome, o desemprego, o desmatamento e as enchentes, entre outras aflições do povo, liberou o meio ambiente para exploração total da bandidagem que se lixa para a sustentabilidade e definitivamente fechou os olhos para abriu os problemas decorrentes do clima. O colapso em que eles apostam está bem próximo. São os mesmos que ainda falam em anistia para criminosos confessos, julgados e condenados.
Com todo respeito à estultice, tal gesto é de envergonhar os que pensam e os que verdadeiramente trabalham pelo engrandecimento da nação. É isso que chamam de oposição? No meu dicionário, oposição significa somente antagonismos de ideias. No Brasil do que restou do bolsonarismo, não basta se opor ao governo vencedor. Além de derrubar o que é benéfico para a população, é fundamental que se puna o povo. O mal-estar produzido pela derrota do atraso político nas eleições de 2022 não é uma dívida de todos os brasileiros. Os que ajudaram a parir o mito fracassado que paguem por ela e, se possível, fujam ou se escondam como ele. A democracia agradece.
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Heliodoro Quaresma, jornalista com passagem por vários jornais do país com sucursais em Brasília, decidiu, após 15 anos de aposentadoria, colocar sua velha Remington em lugar de destaque na estante da sala e usar um Notebook seminovo para escrever semanalmente para Notibras.
