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Folha, em crise, corta cabeças de Cantanhêde e Rodrigues

A Folha de São Paulo, da família Frias, está mal das pernas. Em crise financeira, decidiu conter gastos. E cortou a cabeça de dois ícones do jornalismo brasileiro. Eliane Cantanhêde e Fernando Rodrigues não escrevem mais as colunas mais que semanais da página 2.

Quem sai perdendo são os leitores da Folha. Catanha assinava sua coluna às terças, quintas, sextas e aos domingos. Fernando às quartas e aos sábados. A Diretoria de Redação procurou justificar as demissões sob o argumento de que a receita publicitária caiu muito, em função da crise econômica que o País vive.

Além de Eliane Cantanhêde e Fernando Rodrigues, ao menos outros 11 profissionais de redação foram dispensados.

“O jornal realiza no final deste ano desligamentos pontuais, além de um corte nas despesas de custeio, a fim de ajustar o seu orçamento ao mau desempenho das receitas publicitárias, fruto da estagnação prolongada da economia brasileira”, alegou a Folha.

Catanha, que estava no jornal da família Frias desde 1997, sequer escreveu seu texto de despedida na Folha. Para falar sobre o assunto, a jornalista publicou no Twitter uma mensagem. “Amigos, aviso geral: amanhã eu não escrevo mais a coluna na Folha. Foi bom enquanto durou”.

Já Fernando Rodrigues informou sobre sua saída por meio de um post em sua página no Facebook. Lembrou os 27 anos de dedicação ao jornal que diz ter o rabo preso com o leitor. Mas continua no Uol, do mesmo grupo Frias.

A Folha de S.Paulo ainda é um grande jornal. Foi minha escola por muitos anos. Coletti, Falcão, Botelho, Rui, Leleco, Amália, Marizete, Aylê, Emerson, Helival… Coleguinhas, chefes e chefiados, que passaram por lá, a exemplo de Catanha e Fernando. O leitor pode migrar. E o jornal, sentir o baque.

Editado originalmente em naredecomjoseseabra.com.br

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