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Fuck you, Trump, with Bolsonaro and the dog vendors of the Brazil

E então, o bufão voltou à ribalta. Donald Trump, o homem que transformou a presidência dos Estados Unidos em um circo de horrores, resolveu apontar seu dedo gorduroso para o Brasil — como se ainda tivesse alguma autoridade moral ou política para ditar regras ao mundo civilizado.

Com o rufar de tambores da ignorância e o brilho oleoso da hipocrisia, sancionou o ministro Alexandre de Moraes com base na tal Lei Magnitsky, uma peça legislativa que nasceu para punir oligarcas e torturadores russos, mas que agora é usada por populistas decadentes como arma política. O motivo? O inquérito das fake news, a contenção da marcha golpista de Jair Bolsonaro, o travamento de um projeto de poder autoritário que Trump conhece bem — e que talvez inveje.

Sim, é isso mesmo. O homem que incitou a invasão do Capitólio em 2021 agora tenta reescrever a história do Brasil, como se o nosso Supremo fosse uma extensão de sua milícia jurídica. Num gesto tresloucado, quer transformar um ministro da Justiça em criminoso internacional, só porque esse teve a audácia de cumprir a Constituição — coisa que Trump nunca entendeu, nem respeitou.

Trump não está interessado no Brasil. Ele está interessado em si mesmo. Usa o Brasil como palanque, Moraes como espantalho e Bolsonaro como peão de seu jogo tosco. E o faz de forma covarde, jogando para sua base mais fanática, alimentando teorias da conspiração, criando um roteiro onde ele é o herói da liberdade — ainda que cercado de neonazistas, supremacistas brancos e lunáticos armados até os dentes.

A pergunta que não quer calar é: por que Trump não mira suas sanções contra Putin, Xi Jinping ou Kim Jong-un? Por que não enfrenta os verdadeiros autocratas com quem fez negócios de bastidor? Porque é um covarde. Um ególatra. Um farsante. E porque sabe que atacar Alexandre de Moraes é fácil, rende manchete e massageia o ego de seus seguidores lunáticos — os mesmos que confundem liberdade com barbárie.

O Brasil, senhor Trump, não é seu brinquedo. Moraes não é seu capacho. E a democracia brasileira não será rifada no altar de sua insanidade messiânica. Se lhe resta um pingo de decência, trate de cuidar do seu próprio país — que afunda em ódio racial, supremacia branca, desigualdade e tiroteios em escolas. O Brasil já tem problemas demais para ainda servir de palco à sua revanche patética contra o mundo.

E se há justiça neste planeta, que ela venha não pela boca podre da Casa Branca, mas pelas instituições firmes, que, apesar de tudo, resistem.

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José Seabra, fundador de Notibras, é diretor da nossa Sucursal Regional Nordeste

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