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Gangue do Petrolão sorteava bingo para premiar corrupção

Documentos apreendidos pela Polícia Federal durante a Operação Lava Jato na sede da Engevix – uma das fornecedoras da Petrobras -, em Barueri (SP), mostram uma espécie de tabela de “bingo” e indicam obras que serviriam como “prêmios” a “jogadores”. Segundo o G1, não há detalhes da PF sobre quem seriam esses jogadores ou a quem pertenciam as obras.

Executivos da empresa foram investigados na sétima fase da Lava Jato, deflagrada em novembro pela Polícia Federal. No mês passado, foram presos o vice-presidente, Gerson de Mello Almada, e os diretores Newton Prado Júnior e Carlos Eduardo Strauch – Júnior e Strauch já foram soltos, mas Almada continua detido na carceragem da PF em Curitiba (PR).

Em uma das tabelas apreendidas pela PF, chamada “Novos Negócios Comperj”, de agosto de 2008, há a discriminação de 13 obras do Comperj que seriam licitadas em 2008 e em 2009. Nela, há números que variam de um a três e estão enumeradas 15 siglas – algumas delas apontadas como “jogadores-A” na tabela que faz menção ao “bingo”.

Na tabela intitulada “Proposta de Fechamento do Bingo Fluminense”, de maio de 2009, são listadas 10 das 13 obras da tabela que leva o nome do Comperj. As obras, nesta tabela, são chamadas de “prêmio”. A Polícia Federal, nos documentos anexados aos processos da sétima fase da Lava Jato, entretanto, não confirma que haja relação entre as tabelas do “bingo” e das obras do Comperj.

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