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Greve dos rodoviários segue em São Luís, com impasse na Justiça

A greve dos rodoviários da empresa 1001 completou mais um dia nesta semana em São Luís, mantendo boa parte da frota fora de circulação e afetando milhares de passageiros que dependem do transporte coletivo para trabalhar, estudar e realizar atividades essenciais. O impasse, que começou após a paralisação iniciada pelos motoristas e cobradores, permanece sem previsão de encerramento.

O principal ponto de conflito envolve o pagamento de subsídios à empresa, recurso considerado fundamental para manter a operação regular das linhas que atendem bairros da capital. A 1001 afirma que só poderá retomar o serviço integral quando a Prefeitura de São Luís efetivar a liberação dos valores referentes a repasses atrasados, indispensáveis para custear despesas operacionais e garantir benefícios aos trabalhadores.

Do outro lado, a Prefeitura sustenta que os pagamentos dependem de decisões judiciais e do cumprimento de requisitos formais por parte da empresa. Segundo o Executivo municipal, ainda há pendências na prestação de contas e divergências sobre o montante que deve ser repassado, o que levou o caso para análise da Justiça.

Na última audiência, realizada no Tribunal Regional do Trabalho, não houve acordo entre representantes da empresa, do sindicato e do município. Os trabalhadores exigem o pagamento imediato de salários e benefícios atrasados, alegando que a situação financeira dos profissionais se tornou insustentável. Já a 1001 reforça que depende do subsídio para regularizar os valores e retornar às operações normais.

Enquanto o impasse segue, usuários continuam enfrentando longas esperas nos pontos de ônibus, linhas reduzidas e veículos lotados das empresas que ainda seguem operando. Moradores de bairros mais afastados relatam dificuldades ainda maiores, já que algumas rotas não têm alternativas de deslocamento.

A Justiça deve convocar uma nova rodada de negociação nos próximos dias. Até lá, passageiros, rodoviários e a própria empresa seguem aguardando uma solução que permita o retorno pleno do serviço e o fim da greve que já afeta a rotina da capital maranhense.

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