A advocacia dos fracos e oprimidos está fazendo história em Brasília, ao engolir o Poder Executivo (tido como o primeiro) em nome do Quarto Poder (designação dada, carinhosa e respeitosamente, à imprensa). Os outros dois poderes são o Legislativo e o Judiciário. O caso em questão transporta à defesa do jornalista Mino Pedrosa em ação impetrada por Ibaneis Rocha. O governador ajuizou queixa crime contra o editor do site Quidnovi alegando difamação em matéria que tratava de sua vida privada. O texto falava sobre uma suposta infidelidade conjugal. Ao analisar o mérito da questão o juiz entendeu que a liberdade de expressão deve ser respeitada, ainda que trate de matéria que verse sobre a vida fora do gabinete do Buriti, pois pessoas públicas são passíveis de julgamento. A liberdade de imprensa deve prevalecer, ainda mais quando se trata de quem ocupa cargo máximo do executivo local, despachou o magistrado. Cabe recurso, claro. Mas Ibaneis, conhecedor das leis, prefere aceitar um jab de esquerda no olho do que um direto no fígado, que o jogaria à lona.
Ibaneis perde briga contra Mino no caso da infidelidade
