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Internet, gás de cozinha e vestuário são os novos vilões que alimentam mais a inflação

Foto/Arquivo Notibras

Entre as oito classes de despesa pesquisadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV) para compor o Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1- inflação percebida por famílias de baixa renda -, seis aceleraram na passagem de agosto para setembro. No grupo de alimentação a alta foi de 0,20%, após queda de 0,36% registrada no mês anterior. A retração dos preços das hortaliças e legumes, que em agosto foi de 10,76%, perdeu força em setembro. No mês passado, a queda foi de 8,13%.

Também aceleraram os grupos de Habitação (de 0,18% para 0,88%), Vestuário (de -0,26% para 0,83%), Transportes (de 0,42% para 0,48%), Despesas Diversas (de 0,12% para 0,13%) e Comunicação (de 0,10% para 0,16%). Nestes grupos, os destaques partiram dos itens: gás de bujão (de 0,34% para 8,55%), roupas (de -0,53% para 0,96%), clínica veterinária (de 0,15% para 0,81%) e mensalidade para internet (de -2,24% para 0,46%), respectivamente.

Diante desses impactos, o IPC-C1 subiu 0,48% no mês passado, 0,42 ponto porcentual superior à alta de 0,06% em agosto, informou há pouco a FGV.

Apenas o grupo Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,59% para 0,39%) apresentou decréscimo em sua taxa de variação. Nesta classe de despesa, destacou-se o item artigos de higiene e cuidado pessoal, que desacelerou de 1,22% para 0,78%.

O grupo Educação, Leitura e Recreação repetiu a taxa de variação registrada na última apuração, 0,34%. As principais influências em sentido ascendente e descendente partiram dos itens: salas de espetáculo (-0,24% para 0,77%) e passagem aérea (9,55% para 4,73%), respectivamente.

Com o resultado de setembro, a inflação da baixa renda superou o índice de preços válido para a média de todos os consumidores brasileiros. O chamado IPC-Br subiu 0,42% no mês passado.

Em 12 meses, o IPC-C1 também superou a média de inflação, com elevação de 10,40%. No IPC-Br, foi registrada alta de 9,65%. O IPC-C1 capta preços percebidos por famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos.

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