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Lava Jato nega versão de Glenn e apóia Dallagnol

A força-tarefa de procuradores que atuam na Operação Lava Jato em Curitiba afirmou na quinta, 1, que o procurador Deltan Dallagnol nunca pediu para a Receita Federal investigar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ou seus familiares.

Apesar dessa declaração, há um movimento crescente no Supremo Tribunal Federal para pressionar pela saída do coordenador da Lava Jato do cargo. Ministros da Corte teriam tratado do assunto diretamente com a procuradora-geral Raquel Dodge.

Na PGR, porém, as informações são de que Raquel não estaria disposta a criar uma zona de atrito com procuradores e promotores, principalmente agora, quando o fim do seu mandato se aproxima.

Na eventualidade de a chefe da PGR bater o pé e negar o pedido dos ministros do Supremo. há quem admita que caberia a um dos 11 membros do STF tomar a decisão do afastamento de Dallagnol monocraticamente.

Em nota divulgada à imprensa, a força-tarefa disse que as informações que surgiram durante as investigações sobre pessoas que têm foro privilegiado foram encaminhadas à Procuradoria-Geral da República (PGR) por meio de devida formalização.

“As investigações realizadas pelos integrantes da força-tarefa sempre foram restritas ao escopo de suas competências perante a 13ª Vara Federal, na 1ª instância do Judiciário. As informações sobre detentores de foro privilegiado que chegaram ao grupo sempre foram repassadas à Procuradoria-Geral da República, como determina a lei. Algumas dessas informações chegaram à força-tarefa porque ela desempenha o papel de auxiliar da PGR na elaboração de acordos, mas nunca por causa de investigações”, diz a nota.

A manifestação foi motivada por novas supostas conversas envolvendo o procurador. Em sua publicação mais recente, nesta quinta-feira jornal Folha de S.Paulo e o site Intercept Brasil, do repórter Glenn Greenwald, divulgaram mensagens em que o coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, estaria estimulando a força-tarefa a investigar ministros do Supremo, entre eles Gilmar Mendes e o presidente da Corte, Dias Toffoli, por meio de informações da Receita Federal. A iniciativa abarcaria ainda as esposas dos ministros.

Os procuradores também afirmaram que não reconhecem as conversas divulgadas pelo site e que as mensagens “têm sido usadas, de forma editada ou fora de contexto, para embasar acusações e intrigas que não correspondem à realidade”.

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