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Mesa de ‘Natal Tropical’ ajuda a manter a saúde no auge

Foto/Arquivo Notibras

Na noite de Natal, as famílias se reúnem em torno de uma mesa farta de produtos tipicamente europeus, indicados para os dias mais frios do ano já que é outono no hemisfério norte.

Foram os portugueses e depois os italianos que trouxeram essa tradição da carne de porco, do peru, bacon, salames e presuntos, entre outros, sem levar em conta que aqui no Brasil o Natal ocorre em pleno verão, com temperaturas que por vezes beiram os 40 graus em várias regiões do país.

É a herança cultural interferindo diretamente na saúde dos brasileiros. Esses alimentos pesados e gordurosos podem causar diabetes, doenças cardiovasculares e levar a um aumento nos índices de mortalidade precoce.

Então, como comer sem culpa e evitar os riscos para o coração? O cardiologista Paulo Frange propõe um cardápio natalino que esteja mais de acordo com a nossa realidade climática.

– Alimentos como o salmão e as leguminosas ajudam a reduzir e manter a pressão arterial. Frutas, sucos e muita água completam o que seria uma mesa tropical, repleta de produtos que são obrigatórios numa ceia saudável”, explica.

Uma pesquisa feita no Brasil por um sistema de vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas apontou que a obesidade no país cresceu 60% em dez anos. A porcentagem de indivíduos obesos pulou de 11,8% para 18,9%. Isso quer dizer que um em cada cinco brasileiros está acima do peso.

A consequência é o aumento de doenças crônicas e metabólicas e de alta morbidade, como o diabetes que foi de 5,5% para 8,9% e a hipertensão arterial de 22,5% para 25,7%. Segundo o Ministério da Saúde, a obesidade custa ao Sistema Único de Saúde (SUS) quase R$ 500 milhões por ano.

“É um cenário desanimador que precisa mudar. E essa mudança passa pela adoção imediata de hábitos saudáveis, como mudar o cardápio da ceia, por exemplo. É preciso que todos se conscientizem que precisamos erradicar essa doença e, desde a infância, com uma série de medidas que possam atacar a obesidade em várias frentes”, afirma Paulo Frange.

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