Notibras

Militares entram em cena para acabar baderna em Brasília

Segurança é reforçada no Palácio do Planalto (Valter Campanato/Agência Brasil)

Marta Nobre

O presidente Michel Temer assinou decreto emergencial, publicado em edição extra do Diário Oficial da União, autorizando o emprego das Forças Armadas “para a garantia da Lei e da Ordem no Distrito Federal”. O texto autoriza o uso das forças militares até o dia 31 de maio.

A ocupação das ruas por forças federais foi um pedido do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). A preocupação é com a proteção dos prédios da Esplanada dos Ministérios.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, informou, em breve pronunciamento, que tropas estão posicionadas no Palácio do Planalto e no Itamaraty. Segundo o ministro, mais homens se deslocaram para proteger também o Congresso Nacional.

De acordo com Jungmann, a medida foi necessária porque a marcha Ocupa Brasília, “prevista como pacífica, degringolou para a violência, desrespeito, ameaça às pessoas”.

Desde o início da tarde, manifestantes protestam na Esplanada contra as reformas, pedem a saída de Temer e eleições diretas no país. A manifestação, chamada Ocupa Brasília, foi convocada por centrais sindicais.

Parte dos manifestantes tentou furar o bloqueio feito pela Polícia Militar para isolar o gramado em frente ao Congresso Nacional. Com isso, os policiais atiraram bombas de efeito moral para dispersar. Teve início um tumulto e um grupo de manifestantes, usando máscaras ou cobrindo o rosto, começou a quebrar vidraças dos ministérios, orelhões, paradas de ônibus e banheiros químicos.

Alguns ministérios, como o da Fazenda, foram evacuados e os funcionários tiveram de deixar o prédio.

Em São Paulo, o comandante do Exército Brasileiro, general Eduardo da Costa Villas Bôas, informou que Temer pediu o emprego das Forças Armadas onde houve ataques e incêndios provocados por manifestantes.

Villas Bôas disse que o Exército pode ser empregado nessas questões, mas nunca desrespeitando os limites constitucionais.

O comandante afirmou ainda que as Forças Armadas devem respeitar as instituições e que elas são importantes para o País sair “desse imbróglio que nós estamos metidos”.

Sair da versão mobile