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Ou a reforma é aprovada ou o salário acaba

Foto: Alan Santos/PR

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta (5), em Aragarças (GO), que a reforma da Previdência é de interesse do país, inclusive dos próprios servidores públicos. “A reforma interessa a todo o Brasil, até para o servidor, porque se não reformar vai faltar dinheiro para pagar o servidor lá na frente. É uma maneira que nós temos de mostrar para o mundo lá fora, e para os investidores aqui dentro, que estamos fazendo o dever de casa”, disse o presidente.

Ele participou do ato de lançamento do projeto Juntos pelo Araguaia, na cidade goiana na divisa com o estado do Mato Grosso, a cerca de 380 quilômetros (km) de Goiânia. O objetivo da iniciativa, que envolve os governos dos dois estados, é recompor áreas florestais ao longo da bacia do rio, que tem mais de 2,8 km de extensão.

Para o presidente, o país pode receber mais investimentos e equilibrar as contas públicas se a reforma da Previdência for aprovada. “O Brasil não pode continuar gastando mais do que arrecada. Acreditamos nós que, com a reforma aprovada, basicamente como foi apresentada, investimentos virão e nós podemos decolar na economia aqui no Brasil”, acrescentou.

Em discurso durante o ato, o governador do Mato Grosso, Mauro Mendes, fez um apelo para que os parlamentares não excluam os servidores públicos estaduais e municipais da reforma. “[Quero] dizer aos nossos deputados e senadores aqui presentes, gente, pelo amor de Deus, não deixem os estados e municípios fora dessa reforma. Ela é importante para o Brasil e para cada estado brasileiro e município. Senão, daqui a poucos anos nós vamos estar trabalhando única e exclusivamente para pagar os nossos aposentados. É legítimo, é um direito, mas tem tantos outros brasileiros que estão tendo os seus direitos cerceados, porque não sobra dinheiro para cuidar da saúde, das estradas, das escolas e tantas outras obrigações do poder público”, disse o governador.

Bolsonaro voltou a defender o projeto de lei, apresentado ontem (4), com mudanças no Código Brasileiro de Trânsito. Segundo ele, “todo mundo concorda” com a ampliação na validade da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), uma das alterações contidas no projeto. Ele também criticou o excesso de aplicação de multas, ao argumentar a favor da proposta de ampliar de 20 para 40 a pontuação máxima que condutores podem ter para terem o documento suspenso.

“O mais importante, passar de cinco para 10 anos a validade da carteira de motorista, todo mundo concorda com isso. [Sobre] aumentar a pontuação, não é possível, facilmente se consegue três multas porque hoje em dia tem pardais escondidos em tudo quanto é lugar, além dos [pardais] móveis. O motorista de ônibus, táxi e caminhão, não perde a carteira [CNH]. Perde, na verdade, sua carteira de trabalho”, afirmou.

Questionado sobre o fim das multas aplicadas a motoristas que circulam com crianças menores de 7 anos fora do assento especial, disse que “todo mundo que é pai e mãe é responsável. Continua valendo a infração para a pontuação [na carteira]. Apenas tirei o dinheiro”. Para o presidente, as multas seriam “um negócio direcionado para tirar o dinheiro do povo”.

A obrigatoriedade do uso da cadeirinha está prevista em lei e em uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), e prevê multa de R$ 293,47, além de ser considerada infração gravíssima, com perda de sete pontos na carteira.

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