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Pacientes morrem mais no Norte/Nordeste

As barreiras no acesso à saúde no Norte do país se mostraram nessa semana através de depoimentos desesperados de profissionais e moradores de uma de suas maiores capitais, Manaus, onde faltaram cilindros de oxigênio para o tratamento da covid-19 e de outras doenças.

Agora, as fragilidades do sistema de saúde da região foram demonstrados em dados inéditos, publicados na noite desta sexta-feira (15/01) no periódico científico internacional Lancet Respiratory Medicine.

O estudo, uma colaboração entre pesquisadores de instituições brasileiras e estrangeiras, analisou informações sobre os primeiros 250 mil pacientes hospitalizados com covid-19 em todo o Brasil — destrinchando características como cor e idade, se precisaram de ventilação mecânica ou internação em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), e a distribuição desses dados por região.

Os resultados indicaram que, apesar de a covid-19 ter esgotado o sistema de saúde em todas as regiões, a necessidade de hospitalização e mortalidade no início da pandemia foram consideravelmente maiores no Norte e no Nordeste.

É o que mostra, por exemplo, o percentual de pessoas internadas e que morreram no hospital: 50% no Norte; 48% no Nordeste; 35% no Centro-Oeste; 34% no Sudeste; e 31% no Sul.

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