No Nordeste, cada pai carrega nos ombros mais que o peso de uma família — carrega histórias, lutas e sonhos que moldam gerações. Eles são empresários de sucesso em diferentes áreas, pescadores que enfrentam o mar antes do sol nascer, agricultores que desafiam a seca, artesãos que transformam o barro e a madeira em arte, motoristas que cruzam estradas longas para garantir o sustento, trabalhadores que, com suor e coragem, mantêm viva a chama da esperança.
Em cada abraço de pai nordestino há um silêncio que fala: é a promessa de proteção, é o orgulho de ver o filho crescer, é a força que não se abala nem diante das maiores dificuldades. Muitos aprenderam com seus próprios pais a dureza do trabalho no campo, o respeito à palavra dada e a importância de nunca desistir, mesmo quando a vida parece insistir no contrário.
Esses heróis não usam capa, mas sim chapéu de couro, camisa surrada e mãos calejadas. A força deles não se mede apenas nos músculos, mas na resiliência e no amor que depositam em cada gesto, em cada conselho, em cada sacrifício silencioso.
Hoje, ao olharmos para nossos pais, vemos mais que figuras familiares. Vemos guerreiros que nos ensinaram que a verdadeira riqueza está no caráter, na honestidade e na capacidade de enfrentar a vida de cabeça erguida.
Aqui na região, comemoramos diariamente o Dia dos Pais, porque não a vemos apenas como data no calendário — é celebração da vida, do afeto e da gratidão. Porque cada pai nordestino, com seu jeito simples e olhar firme, é um exemplo vivo de que a força mais poderosa que existe é a do amor.
