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Parlamento adia Brexit e impõe derrota a Boris Johnson

O parlamento do Reino Unido aprovou neste sábado (19) uma emenda apresentada pelo deputado independente Oliver Letwin que adia a decisão sobre a última versão do Brexit, acordo para saída da União Europeia. A emenda foi aprovada com 322 votos a favor e 306 contra, na prática forçando o governo britânico a pedir um novo adiamento por pelo menos 90 dias, até 31 de janeiro de 2020.

Após a aprovação, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, criticou a decisão e disse que não vai negociar o novo adiamento. O prazo para saída do Reino Unido da União Europeia termina no dia 31 de outubro.

“Não vou negociar um adiamento, nem a lei me obriga a fazê-lo. Mais um adiamento seria mau para este país ou para a União Europeia e mau para a democracia”, afirmou.

Na quinta-feira (17), Johnson tinha anunciado um novo acordo com os países da União Europeia para a saída do Reino Unido do bloco econômico. Esse texto precisaria ser votado até o fim deste mês para evitar uma saída sem acordo, chamada de hard Brexit. Nesta semana, o primeiro-ministro tinha se comprometido a pedir um novo adiamento caso o Reino Unido e a União Europeia não chegassem a um acerto.

O termo Brexit é a união das palavras Britain (Grã-Bretanha) e Exit (saída, em inglês). O que está em discussão atualmente no Reino Unido é a permanência ou não como membro da União Europeia (UE).

As nações do Reino Unido são a Inglaterra, a Irlanda do Norte, a Escócia e o País de Gales. Em 2016, um referendo realizado com eleitores aprovou a saída do bloco. Desde então, os parlamentares discutem como o resultado será efetivado.

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