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Pelé defende futebol, alfineta Dilma e pede transparência total

Sobrou para o Palácio do Planalto, ao vivo, diretamente de Londres, onde o maior jogador da história do futebol demonstrou não estar muito convencido pelas medidas que o governo federal anunciou na quinta para levar mais transparência aos clubes do País. Pelé comentou com ironia nesta sexta-feira na capital do império britânico a medida provisória que trata da renegociação das dívidas dos times com a União, estimadas em R$ 4 bilhões, e implementa o chamado “fair play financeiro”.

Entre as contrapartidas impostas pelo governo para a renegociação está o cumprimento de todas as regras de transparência previstas no art. 18 da Lei Pelé, entre elas que o presidente ou dirigente máximo de um clube tenha o mandato de até quatro anos, permitida apenas uma única reeleição.

Para o “atleta do século”, porém, o problema é muito mais embaixo. “Acho que no Brasil, depois do que aconteceu na Petrobras, a gente precisa de transparência em tudo, não só no futebol”, afirmou.

Pelé está na Inglaterra participando de eventos de um de seus patrocinadores. Nesta sexta, ele preparou sanduíches em uma lanchonete de fast food no centro da capital britânica ao lado dos também ex-jogadores Robbie Fowler and Steve McManaman, ídolos do Liverpool. No domingo, ele irá assistir no estádio de Anfield a um dos maiores clássicos da Liga Inglesa, Liverpool e Manchester United.

Pelé foi muito questionado sobre o futuro de Neymar e se espera que o craque brasileiro supere seus recordes na Seleção, entre eles o de 95 gols marcados. O ex-camisa 10 mostrou bom humor e disse torcer bastante pelo também “menino da Vila”.

“Tomara que passe (a artilharia) e a Seleção ganhe com isso. O importante é fazer gol pela Seleção. Espero que ele dê o mesmo número de vitórias para o Brasil que nós demos. Tomara que ele tenha muita sorte.”, disse.

O Brasil vai disputar dois amistosos na Europa nos próximos dias. O primeiro em Paris, contra a França, e depois em Londres, contra o Chile. Pelé acredita que é preciso dar tempo para que Dunga possa montar sua equipe e apagar o vexame da última Copa.

“Vamos ver se a gente tem mais tranquilidade agora e um pouco mais de tempo para poder preparar a Seleção. O desastre que tivemos na Copa do Mundo também tem relação com a falta de tempo para preparar o time”, finalizou.

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