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Pesquisadores alertam banhistas para evitar incidentes com tubarões

Pesquisadores do Projeto Tubarões de Noronha emitiram um alerta aos banhistas e surfistas que visitam o arquipélago de Fernando de Noronha, em Pernambuco, para que redobrem os cuidados e evitem comportamentos de risco que possam levar a incidentes com tubarões. O aviso foi reforçado após um aumento recente na presença de tubarões em áreas costeiras, observado durante o monitoramento das últimas semanas.

De acordo com os especialistas, o aparecimento desses animais é natural e esperado nesta época do ano, quando há maior abundância de peixes e mudanças nas correntes marinhas. Apesar disso, a orientação é de atenção redobrada em pontos específicos da ilha, como Praia do Cachorro, Praia do Porto e Cacimba do Padre, locais onde o fluxo de visitantes e surfistas costuma ser intenso.

“Os tubarões fazem parte do ecossistema de Noronha e, em geral, não representam ameaça se as pessoas respeitarem as orientações de segurança. O problema é quando há aproximação indevida, alimentação de peixes ou mergulhos em horários de risco”, explicou Rafael Barcellos, biólogo marinho do projeto.

Entre as recomendações dos pesquisadores estão:

•Evitar entrar no mar ao amanhecer ou anoitecer, períodos de maior atividade dos tubarões;
•Não nadar sozinho em áreas isoladas;
•Evitar o uso de objetos brilhantes e roupas coloridas, que podem atrair os animais;
•Não descartar restos de alimentos ou peixes no mar;
•Respeitar as áreas sinalizadas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

O ICMBio, que administra o Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, informou que mantém monitoramento constante das espécies marinhas e que não houve registro recente de ataques ou incidentes graves. Ainda assim, o órgão reforçou a importância de seguir as normas de segurança e de não alimentar ou tocar nos animais.

Fernando de Noronha abriga diversas espécies de tubarões, como o tubarão-limão, o tubarão-lixa e o tubarão-galha-preta, muitas delas não agressivas e fundamentais para o equilíbrio do ecossistema marinho local.

“A convivência pacífica é possível e depende, sobretudo, da conscientização dos visitantes. Noronha é um santuário natural, e precisamos garantir que continue assim”, destacou Barcellos.

O alerta integra uma campanha de educação ambiental que será intensificada durante o período de alta temporada, quando o número de turistas na ilha aumenta significativamente.

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