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Piauí recebe medicamento inédito para tratamento do câncer de mama

O Piauí começou a receber, nesta semana, o novo medicamento trastuzumabe deruxtecana, usado no tratamento do câncer de mama metastático do tipo HER2 positivo. O remédio, considerado um avanço no combate à doença, passou a ser disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) após aprovação do Ministério da Saúde e deve beneficiar dezenas de pacientes em todo o estado.

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), o medicamento chegou ao Hospital São Marcos, em Teresina, referência no tratamento oncológico no Piauí. O fármaco é indicado para casos em que o câncer já se espalhou para outras partes do corpo e não responde mais às terapias convencionais.

De acordo com especialistas, o trastuzumabe deruxtecana atua de forma direcionada, levando substâncias que atacam as células cancerígenas sem afetar tanto as células saudáveis. Estudos clínicos apontam que o medicamento pode aumentar significativamente a sobrevida e a qualidade de vida das pacientes, representando uma nova esperança para quem enfrenta a doença em estágio avançado.

“É uma conquista importante para o SUS e para as mulheres piauienses. Antes, esse tratamento só estava disponível na rede privada e tinha um custo muito alto, inacessível para a maioria das pacientes”, explicou a oncologista Dra. Ana Cláudia Mendes, coordenadora do serviço de oncologia do hospital.

O Ministério da Saúde informou que o Piauí é um dos primeiros estados do Nordeste a receber o medicamento. A previsão é de que a distribuição se amplie gradualmente para outras unidades da federação ao longo dos próximos meses.

Para as pacientes e familiares, a notícia foi recebida com esperança. “Minha mãe faz tratamento há dois anos e essa nova medicação traz uma nova chance. É um alívio saber que agora ela pode ter acesso pelo SUS”, disse a filha de uma paciente, Luciana Oliveira.

O câncer de mama é o tipo que mais acomete mulheres no Brasil, com estimativa de mais de 70 mil novos casos por ano, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). A inclusão do novo medicamento no SUS reforça o compromisso das autoridades de saúde em ampliar o acesso a terapias modernas e eficazes contra a doença.

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