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PMDB do Rio decide sair do governo e deixa Picciani e Pansera falando sozinhos

Luciana Nunes Leal

Até agora maior aliado da presidente Dilma Rousseff no PMDB, o diretório do Estado do Rio de Janeiro vai votar pelo rompimento com o governo na reunião nacional do partido marcada para terça-feira, 29. Peemedebistas acreditam que a decisão não será unânime, porque poderá ter o voto contrário ao rompimento do líder da PMDB na Câmara, Leonardo Picciani, e do ministro da Ciência e Tecnologia, Celso Pansera. Os outros dez representantes do Rio no diretório nacional deverão votar pela saída do governo.

Embora integrem o diretório nacional, o governador Luiz Fernando Pezão, o prefeito Eduardo Paes e o ex-governador Sérgio Cabral não irão ao encontro. Serão substituídos por suplentes. Entre os que votarão pelo rompimento estão o presidente do PMDB-RJ, Jorge Picciani, pai de Leonardo, o ex-ministro e ex-governador Wellington Moreira Franco e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

O argumento para a saída do governo será de que a presidente Dilma Rousseff não é capaz de liderar um movimento para tirar o País da crise. Também sustentarão que o mais importante é garantir a unidade do PMDB, que tem mostrado clara tendência pelo rompimento. Os peemedebistas fluminenses evitarão associar o rompimento a uma tendência a favor do impeachment da presidente, embora entendam que o avanço das investigações da Operação Lava Jato tenham tornado muito difícil a defesa de Dilma no processo em curso na Câmara.

“Não queremos misturar rompimento e impeachment neste momento. Vamos dizer que continuamos a respeitar a presidente, mas que deixamos o governo para manter a unidade partidária. Vamos sair, mas não vamos fazer alarde”, disse um peemedebista fluminense com voto no diretório nacional.

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