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Polícia Federal sobe ao palco e acaba a mamata de 180 milhões da Lei Rouanet

Marta Nobre, Edição

A Polícia Federal mirou os negócios realizados com o beneplácito da arte. Para acabar com fantasmas de Mecenas, uma operação de combate a fraudes na Lei Rouanet, batizada de Boca Livre, foi deflagrada nesta terça, 28. O esquema teria desviado cerca de R$ 180 milhões, de acordo com as investigações. Nenhum artista está entre os investigados.

De acordo com a PF, o esquema funcionava com desvio de dinheiro que era destinado, através do programa de incentivo cultural, para projetos não executados, superfaturados ou com uso de notas falsas.

Os investigadores encontraram suspeita de fraudes em eventos corporativos de grandes empresas, show de artistas famosos em festas privadas, livros institucionais e até uma festa de casamento.

Os envolvidos são acusados de crimes como peculato, estelionato, falsidade ideológica, crime contra o patrimônio público e outros, com penas que podem somar 12 anos de prisão.

Entre as empresas investigadas estão a multinacional de consultoria KPMG, o escritório de advocacia paulista Demarest e a filial brasileira da fabricante sueca de caminhões Scania.

São cumpridos 14 mandados de prisão temporária e 37 de busca e apreensão em sete cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal.

A Lei Rouanet permite a artistas e instituições arrecadar dinheiro de empresas, que em troca recebem até isenção fiscal de impostos devidos a União.

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