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Rússia e China fazem exercício militar em meio à tensão coreana

Manobras acontecem no auge da crise americana com os coreanos

China e Rússia lançaram hoje um treinamento militar conjunto no Pacífico Norte, mostrando o desenvolvimento de uma parceria militar poderosa, enquanto líderes globais se reúnem na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

Forças russas e chinesas devem conduzir oito dias de exercícios em terra e no mar, inclusive na defesa de navios de guerra, disse hoje o Ministério da Defesa da China. Não existe uma aliança militar formal entre os dois países, mas eles estão desenvolvendo técnicas e equipamentos comuns para que trinem e lutem juntos.

Ao mesmo tempo, os russos estão reduzindo um dos maiores exercícios militares desde a Guerra Fria. Enquanto os líderes se reúnem nas Nações Unidas, o presidente russo, Vladimir Putin, permaneceu na Rússia para observar os jogos militares, conhecidos como Zapad, perto de sua cidade, São Petersburgo.

“A Rússia está tentando mostrar à Europa e aos Estados Unidos que está pronta para uma guerra em grande nível e por isso devemos todos sentar e falar sobre geopolítica em termos de Rússia”, disse Arseny Sivitsky, diretor do Centro de Estudos de Estratégia e Política Externa de Belarus.

A última série de exercícios começou hoje com o envio de navios de guerra chineses para o porto de Vladivostok, no extremo leste da Rússia, de acordo com o exército russo.

Rússia e China estão aumentando a cooperação militar ao passo em que os EUA avançam com sua presença militar na região do Pacífico, em resposta aos desafios da Coreia do Norte e à escalada de poder dos chineses. No mês passado, Pequim convidou soldados russos para a China, para que eles se familiarizassem com armas fabricadas no gigante asiático.

Mais recentemente, os EUA enviaram quatro de seus mais avançados caças e dois bombardeiros sobre a Península da Coreia, junto com aeronaves do Japão e da Coreia do Sul, em uma resposta direta ao envio de um míssil da Coreia do Norte sobre o Japão.

Os exercícios do Pacífico Norte também dão à China o aumento da força expedicionária que o país precisa para operar muito além de suas fronteiras. Os exercícios conjuntos estão acontecendo no Mar do Japão, onde os dois lados realizaram exercícios em 2013, e pela primeira vez no Mar de Okhotsk, usado por Moscou para operações envolvendo submarinos nucleares.

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