Dividido entre realistas e utopistas, pragmáticos e paranoicos, práticos e fanáticos e trabalhadores e golpistas, o Brasil de 2025 certamente não será o mesmo de 2026, quando a palhaçada denominada polarização deverá ser definitivamente substituída pela paz política. Além da festa em comemoração ao primeiro ano de mandato prisional de Jair Messias Bolsonaro, o ano que vem também poderá ficar marcado pelo fim da caminhada dos aventureiros políticos, entre eles os presidenciáveis de ocasião, os que surfam na onda da idolatria e, principalmente, o que atende pelo pomposo apelido de cara mijada.
A expectativa maior é pela redenção dos que, por razões diversas, esquecem que político é para ser cobrado, não idolatrado. Infelizmente, ainda temos milhares desses espalhados pelas cinco regiões do país. São os politicamente cegos, aqueles que preferem fugir dos dados, dos fatos e das provas para se manter no paraíso da ilusão. São os que saem às ruas gritando palavras de ordem contra a própria pátria, se fantasiam com as bandeiras dos Estados Unidos e de Israel, mas não admitem se aventurar pelas terras de Donald Trump e Benjamin Netanyahu.
Permanecem por aqui enchendo o saco do povo que, junto com o prazer de torcer pelo time da preferência, só quer liberdade para votar em quem bem entender. Os antipatriotas são os brasileiros que, em primeira e última análise, não deixam o Brasil gigante avançar. Façam como Eduardo Bolsonaro e demais traíras: se mandem e não voltem nunca mais. Sejam dessa ou daquela ideologia, inocentes úteis não fazem falta alguma. Pelo contrário. Só atrapalham o bom andamento da vida dos verdadeiros patriotas.
Se possível, levem com vocês a corja que tomou conta do Congresso Nacional e que, com apoio dos comedores de farofa estragada, vêm prestando um desserviço à nação. Como fãs de deputados e senadores que mais parecem influencers fazendo política, os fanáticos pelo caos e os loucos pela baderna fariam um enorme favor ao Brasil se, de avião, navio ou jegue, conseguissem levar seus queridinhos para aquele lugar de onde poucos voltam: a ponte que partiu. Lamento informá-los, mas pessoas que vivem para defender o atraso e o retrocesso não merecem respeito, tampouco consideração.
Ficar do lado de golpistas e de parlamentares que fogem para atiçar líderes estrangeiros contra o berço é pior do que roubar hóstias em dias de peregrinação em louvor à padroeira. Sei que vocês não estão preocupados com as hóstias, pois lhes bastam os dízimos tomados à força dos tolos e dos fiéis à cantilena de pastores que adoram amar os mitos que, no mínimo, garantem vida longa sem impostos para seus templos. Como há sempre um Deus da paz entre esses e o Diabo do golpe, todo castigo em forma de fracasso para os maldosos é pouco. Vale lembrar que fracasso é a palavra que move esse povo. Que o digam Jair e Eduardo Bolsonaro.
À espera de um milagre, o pai conta os dias que lhe restam de liberdade. Bajulador emérito de Trump, o filho 03 partiu procurou os braços de Tio Sam para acabar com o que ele chama de comunismo endêmico. É uma mentira, mas, se fosse verdade, seria bem melhor do que a arrogante tirania de um sujeito frustrado com a própria existência. Aliás, o fracasso dos Bolsonaro tem feito a alegria do governo e do povo brasileiro. Um mês e dias após o tarifaço, a economia nacional segue de vento em popa. Já a dos Estados Unidos…Talvez seja essa a prova definitiva de que o santo de Garanhuns ainda faz milagre. Quanto ao mito de geladeira, nem com reza forte ele conseguirá renovar a fé tirânica dos que debocham da democracia.
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Misael Igreja é analista de Notibras para assuntos políticos, econômicos e sociais
