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Sem acesso a tecnologia, criança nordestina vai de pião e bila

Nas ruas de terra batida, nas calçadas das cidades pequenas ou nos quintais das casas, as crianças nordestinas mantêm viva uma tradição que atravessa gerações: as brincadeiras populares.

Mesmo com a chegada da tecnologia, ainda é possível encontrar pequenos grupos se divertindo com jogos simples, mas cheios de significado cultural.

Entre as brincadeiras mais populares e tradicionais estão:

Pião e Pega-Pega: O pião de madeira, girando no chão, é um clássico que desafia a habilidade das crianças. Já o pega-pega é sucesso garantido, com risadas e correria em qualquer espaço aberto.

Bila (ou Bola de Gude): Competição de mira e estratégia, as bolinhas de vidro colorem o chão enquanto as crianças disputam quem acerta mais alvos.

Elástico e Amarelinha: Brincadeiras que envolvem equilíbrio e ritmo, feitas com simples pedaços de elástico ou desenhos riscados no chão com giz ou carvão.

Corda e Passa Anel: Pular corda em grupo e adivinhar em qual mão está o anel são jogos que estimulam tanto o físico quanto a atenção.

Muito além da diversão
Essas brincadeiras não são apenas entretenimento. Elas ensinam valores como amizade, cooperação, respeito às regras e criatividade. Em muitos lugares, são passadas de pais para filhos, como parte da identidade cultural do Nordeste.

Com celulares e videogames dominando o tempo livre, essas brincadeiras tradicionais enfrentam o desafio de sobreviver. Porém, projetos em escolas e comunidades buscam resgatar essas atividades, mostrando às novas gerações a riqueza das brincadeiras que não precisam de tecnologia para encantar.

Brincar de roda, soltar pipa ou disputar uma partida de bila continua sendo uma forma de manter viva a cultura nordestina. Mais do que passatempo, essas brincadeiras são um elo entre o passado e o presente, lembrando que a verdadeira diversão pode ser simples e cheia de significado.

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