O governo e o Judiciário brasileiros já mostraram a Donald Trump, seus vassalos e a Eduardinho do Hambúrguer que ninguém vai cantar de galo no terreiro comandado espiritualmente por Pai Inácio e juridicamente pelo Caboclo Xandão do STF. O recado já foi dado, mas parece não ter sido ouvido. Como quem muito canta de galo corre o risco de virar pintinho chorão, é bom que Trump avise ao filho 03 que, depois da condenação do pai, tudo pode acontecer, inclusive e principalmente o recolhimento mais rápido e mais fechado do que o STF chegou a pensar para Jair Messias.
Certamente a pedido de Eduardo, o governo dos Estados Unidos promete mais sanções contra o Brasil por conta da pena imposta a Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos por cinco crimes, entre eles o de tentativa de golpe. A reação foi mais rápida do que um raio e provavelmente mais dolorosa do que um chute nas partes baixas. Como vento que venta lá, venta cá, ministros do Supremo Tribunal Federal responderam com a mesma ênfase das novas ameaças norte-americanas.
Venham com chumbo grosso e obrigarão a Justiça do Brasil a punir Bolsonaro com ferro bruto. Não necessariamente o ferro fundido, é claro. Caso o embusteiro Donald Trump realmente cumpra a promessa, o ex-mito Jair Messias deverá ser encaminhado sem baldeação e poltrona na janela direto para a Papuda ou qualquer outro presídio de segurança máxima. Obviamente que não é o que o clã deseja e aparentemente não era o pensamento inicial dos ministros da Corte Suprema. É a lei de causa e efeito. Se preferirem, é a reinauguração do bateu, levou.
Ouvi dizer que o raivoso e falastrão comandante dos EUA está até a alma de mágoa do Brasil de Luiz Inácio e do STF de Alexandre de Moraes. Dizem as más línguas que a fúria maior é com o Judiciário do queridinho Luiz Fux, o que tentou inverter a ordem, mas acabou desordenando ainda mais o que estava ordenado há pelo menos dois anos. É sempre assim. Quando estamos vencendo, o inimigo fica furioso. Ficar furioso é fácil. Difícil é controlar a fúria diante do que é irreversível. A prisão de Jair Bolsonaro não tem volta.
Da mesma forma que ele (Trump) coíbe o crime nos EUA, o caminho mais curto para conter sua fúria com o Judiciário brasileiro é pedir a seus apaniguados para não cometerem crimes no Brasil. Por agora, contra o escândalo, a ameaça de confronto, o barulho e a confusão, nada melhor do que o eloquente e macabro silêncio brasileiro. Donald Trump acha que pode exigir a liberdade de criminosos no quintal dos outros. Não pode e jamais poderá. Eduardo Bolsonaro poderia alertar ao “amiguinho” mais velho que, ao contrário do que vem ocorrendo em terras yankees, no Brasil o taco de golfe que bate em Chico ainda é o mesmo que bate em Francisco. Ou seja, mais sanções e as portas da Papuda serão furiosamente abertas para o mito Messias.
……………
Wenceslau Araújo é Editor-Chefe de Notibras
