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Suposto veto ao Fundão é uma carta marcada do Planalto

Após desobstruir o intestino em um hospital luxuoso de São Paulo, o “capetão” voltou a obrar diante da imprensa. Na TV Brasil – que virou a TV Bolsonaro -, ele disse que sua “tendência” é vetar o fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões aprovado pelo Congresso Nacional para o pleito de 2022. O neofascista também voltou a atacar e desrespeitar o parlamento.

O presidente “cagão”, porém, nada falou sobre os votos favoráveis ao fundo dos seus filhotes 01 e 03 – Flávio Rachadinha e Dudu Bananinha – ou dos seus jagunços mais fieis, como Bia Kicis, Carla Zambelli, Marco Feliciano, Osmar Terra e Hélio Lopes. Ele preferiu agredir o vice-presidente da Câmara Federal, Marcelo Ramos (PL-AM).

Mas o deputado, que presidiu a sessão que aprovou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), não se intimidou diante das agressões do fascista: “Bolsonaro deveria é dizer que vai vetar, mas ele vai tentar arrumar alguém para responsabilizar, porque é típico dele e dos filhos correrem das responsabilidades”.

“Se depender do Bolsonaro, ele não é responsável por nenhuma das mais de 530 mil pessoas mortas na pandemia, nem por 15 milhões de desempregados, nem por 19 milhões de brasileiros com fome e nem mesmo pela escandalosa tentativa de roubo na compra de vacina”, rebateu Marcelo Ramos.

O parlamentar ainda provocou o presidente metido a valentão pelo Twitter: “Desafio o Sr. para um debate sobre o fundão eleitoral que o seu governo criou. Pode escolher o dia, local e horário. Estarei lá! Sem medo! Se quiser, já falamos do sobrepreço de vacinas, rachadinhas e outras maracutaias! Tem coragem ou vai fugir?”.

Ainda não está certo nem como o “fujão” vai se comportar diante do tal “fundão eleitoral”, aprovado com o voto de seus filhotes e da tropa de choque bolsonarista. O “cagão” deve estar se pelando de medo do Centrão, que bancou a proposta e hoje garante a sustentação do seu laranjal – inclusive evitando desarquivar mais de 120 pedidos de impeachment.

O presidente tem prazo de 15 dias para sancionar a LDO aprovada pelo Congresso Nacional. Nesse período, ele precisará consultar os caciques do “Centrão” e de outros partidos de direita para evitar uma “casca de banana” – como ele próprio já anteviu. Como afirma a Folha, “prensado entre o derretimento da sua popularidade e a dependência do Centrão, Jair Bolsonaro terá escolha difícil entre vetar ou sancionar o projeto de LDO com previsão de R$ 5,7 bilhões para o fundão”.

O jornal lembra que o neofascista também fez marola sobre o tema em 2020, mas “sancionou o valor de R$ 2 bilhões sob alegação de que poderia sofrer impeachment por crime de responsabilidade caso optasse pelo veto – o que foi refutado por especialistas”. Ele agora poderá usar a mesma desculpa esfarrapada!

“Houve uma época em que ele estava frágil no Parlamento, mas com muito apoio popular. Hoje, ele tem menos apoio popular do que em qualquer outro momento e está mais dependente do que nunca de sua base no Congresso. Ele vai ter que pesar”, ironiza Marcelo Ramos (PL-AM), que hoje já se diz em oposição ao presidente e favorável ao impeachment.

Em tempo: A situação do “cagão” não está nada tranquila. Talvez ele até preferisse ficar mais um tempinho no hospital posando de vítima. Nesta semana, uma notinha da Folha apontou para as novas dores de cabeça – ou nó nas tripas:

“A bancada evangélica se somou à pressão para que o presidente Jair Bolsonaro retire o deputado Ricardo Barros (PP-PR) da liderança do governo na Câmara. Barros está no centro das denúncias envolvendo a compra da Covaxin, a vacina indiana que é alvo de investigação da CPI da Covid”.

O “capetão” vai comprar essa briga com o Centrão, que o sustenta?

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