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 Tecnologia antecipa futuro e muda presente do Estado

A Paraíba vive uma revolução silenciosa. Startups, parques tecnológicos e projetos inovadores estão mudando a forma como a população estuda, trabalha, produz e se conecta ao mundo. Do litoral ensolarado de João Pessoa ao sertão de Sousa, a tecnologia está gerando impacto social, econômico e científico, transformando desafios históricos em oportunidades de crescimento.

Se antes professores enfrentavam semanas de trabalho para corrigir provas e organizar resultados, hoje a tecnologia acelera e amplia o alcance da educação. Plataformas digitais desenvolvidas por startups paraibanas permitem ensino remoto, avaliações online e acompanhamento do desempenho dos alunos em tempo real.

A professora Marina Alves, de Campina Grande, vê essa transformação de perto:

“Com as ferramentas digitais, conseguimos identificar dificuldades rapidamente e personalizar o ensino. A tecnologia abriu uma porta para que nossos alunos competissem com qualquer estudante do Brasil.”

O impacto é duplo: melhora o aprendizado e prepara jovens para o mercado de trabalho digital, onde habilidades tecnológicas são essenciais. Em paralelo, programas estaduais de capacitação já treinaram milhares de professores e alunos em competências digitais, fortalecendo a inclusão.

Nos últimos cinco anos, a Paraíba consolidou um ecossistema inovador com polos estratégicos como o Parque Tecnológico Horizontes de Inovação (PTHI), em João Pessoa, e o Extremotec, criado para fomentar a economia criativa e de TI.

Segundo dados do Sebrae, cada nova startup criada no estado gera de 8 a 12 empregos diretos, movimentando fornecedores e ampliando oportunidades para profissionais qualificados. Setores em destaque incluem:

•Govtechs – plataformas digitais que modernizam serviços públicos e facilitam o acesso da população a documentos e protocolos.
•Edtechs – soluções de ensino remoto e educação híbrida, que já chegam a diversas cidades do interior.
•Agrotechs – aplicativos e sensores que ajudam pequenos agricultores a monitorar o solo, prever chuvas e aumentar a produção de forma sustentável.

Para o secretário de Ciência e Tecnologia, Marcos Ribeiro, esse movimento não é apenas econômico: “Cada solução criada aqui resolve problemas reais da nossa população. Tecnologia na Paraíba é sinônimo de impacto social.”

Um dos diferenciais da transformação tecnológica paraibana é a interiorização da inovação. Centros de apoio e núcleos de startups surgiram em cidades como Patos, Sousa, Cajazeiras, Monteiro e Guarabira, levando coworkings, mentorias e cursos de programação a regiões historicamente afastadas do eixo digital.

No sertão, agricultores já colhem os frutos dessa revolução. João Ferreira, produtor de milho em Sousa, conta que a tecnologia mudou sua rotina:

“Antes, eu dependia só da experiência e da sorte. Hoje, uso um aplicativo que mostra previsão de chuva e melhor época para plantar. Aumentei minha produção e economizei recursos.”

Essas soluções não apenas melhoram a produtividade rural, mas também reduzem desigualdades, conectando o interior às mesmas oportunidades tecnológicas das capitais.

Além de gerar emprego e renda, a tecnologia na Paraíba tem um impacto sustentável. Data centers movidos a energia solar e projetos científicos como o Radiotelescópio BINGO, em Piancó, mostram que o estado aposta em inovação com responsabilidade ambiental.

O BINGO, por exemplo, não apenas coloca o estado no mapa da astrofísica mundial, mas também atrai turistas científicos e desperta vocações em jovens do sertão. Para os pesquisadores envolvidos, esse é um marco na integração entre ciência, educação e desenvolvimento regional.

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