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Tropa Brancaleone foge de Xandão para evitar ser pisada como baratas

Ao contrário do poderoso exército de Pirro, o italiano aliado do rei Ptolomeu da Macedônia, o fracassado Exército de Brancaleone à moda brasileira segue a passos largos para as calendas ou para as cucuias, como diriam os que têm somente o voto como arma. Primeiro foi Eduardo Bolsonaro, que fugiu para os braços de Donald Trump a fim de minar as resistências do ministro do STF Alexandre de Moraes. Agora, Carla Zambelli escafedeu-se para a Itália, via Argentina, do hermanito Javier Milei e, depois, Miami do mesmo Trump. Fugiu do mesmo Alexandre de Moraes.

Seria Moraes um vilão? É claro que não. Sua função é impor a lei àqueles que acham que podem ser eternamente ilegais. Loucos pelo poder e bolsonaristas desanimados com o futuro da seita, os quase ex-deputados Eduardo e Carla se autodenominavam patriotas raiz. Só nunca disseram que a árvore de onde vieram só dá frutos ruins. Falsos até nas mentiras, provavelmente um dia foram informados que os verdadeiros patriotas são as pessoas que lutam e contribuem para a construção de um Brasil melhor. Fizeram ouvidos moucos, pois, desde que surgiram como artistas de um circo sem lona, sempre conseguiram enganar milhões de incautos.

Parafraseando o imperador Napoleão Bonaparte, num estado revolucionário há somente duas classes: os suspeitos e os patriotas. Eis a razão pela qual insisto na tese acadêmica de que o verdadeiro patriotismo concilia a pátria com a humanidade. Por falar em academia, o escritor português Eça de Queiroz foi mais longe ao afirmar que “o patriotismo, como o amor, não raciocina quando ferido”. Imaginem quando derrotado. O verbo perder não faz parte do dicionário dos abutres do poder.

Que o digam Eduardo Bolsonaro e Carla Zambelli. Eles adoram o escalpo dos que adoram amar a democracia, mas morrem de medo de serem escalpelados pelas leis brasileiras. Por isso, fogem como meninos com medo da vara verde e amarela do Supremo Tribunal. É o temor de que a pregação antiga de Albert Einstein chegue à Primeira Turma do STF. Conforme o filósofo alemão, o nacionalismo exagerado é uma doença infantil. É o sarampo da humanidade”. Mais enfático, o escritor inglês Samuel Johnson definiu o patriotismo como o último refúgio dos indignos.

Graças ao Deus que sempre está acima de tudo e de todos, o falso patriotismo, a exemplo do exército de Brancaleone, é um sentimento que morre aos poucos por conta do fracasso de seus divulgadores. Mais importante é afirmar que desempregados, famintos e nordestinos são pouco sensíveis ao patriotismo desenhado pelo clã Bolsonaro, notadamente pelos fujões Eduardo Bolsonaro e Carla Zambelli.

Defensor da força da paz e do amor, não acredito em covardes que se escondem em outras pátrias com medo de enfrentar a punição pelo mal que causaram. Como todo brasileiro do bem, estou certo de que um dia a casa cairá de vez. Até lá, não tenho dúvida de que o Brasil jamais será tranquilo enquanto não se extinguir o falso patriotismo enraizado na alma discricionária, golpista, odiosa e repugnante dos que defendem a ruptura institucional baseada na ilegalidade.

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Misael Igreja é analista de Notibras para assuntos políticos, econômicos e sociais

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