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Trump Friday pode ser o último suspiro de liberdade para Jair Bolsonaro

O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, e o presidente dos EUA, Donald Trump, durante uma entrevista coletiva no Rose Garden da Casa Branca, em Washington (EUA)

Brasileiras e brasileiros, é chegada a hora de começarmos a tirar das costas os punhais verdes e amarelos que duas dúzias de traíras, associados a seres indecentes, cruéis, intolerantes e cegos, vêm cravando em nós, a maioria do povo. A pior das traições começa a vigorar. Para quem não se lembra, a família Bolsonaro, ciceroneada nos Estados Unidos pelo primeiro Judas Eduardinho Malvadeza, é a autora da maior e mais cínica peça que um presidente brasileiro (no caso um ex) já impôs ao país natal e ao povo brasileiro, o mesmo povo que um dia ele enganou.

Por conta de mais essa safadeza bolsonarista, os futuros primeiros dias de agosto jamais serão iguais àqueles que passaram. Em nossa memória ficará eternizado o Trump Friday de 2025, cuja promoção mais “rentável” para os inescrupulosos, aqueles que apostam no quanto pior, melhor, deverá ser o desemprego e a preocupação falimentar de alguns pequenos e médios produtores. Entretanto, para a sociedade, o resultado mais palpável certamente será o início do fim definitivo de Jair Bolsonaro, chefe do clã amaldiçoado por aqueles que não se ajoelham diante de ameaças antidemocráticas.

Na pior das hipóteses, o Trump Friday servirá para que os ratos, as ariranhas e os gatunos metidos a honestos deixem de rosnar asneiras contra o Brasil e contra a parte boa da população, aquela que já apelidou de conversa fiada a lorota bolsonarista sobre perseguição a seu líder maldito. Com exceção dos traidores da pátria e dos gatos pingados que insistem em se manifestar a favor de interferências externas, todo brasileiro com um mínimo de informação sabe que Bolsonaro tentou dar um golpe para se perpetuar no poder. Errou porque esqueceu de combinar com os russos e com os generais que não o toleram.

Derrotado e movido exclusivamente pela sede de poder, o ex-presidente tenta agora manchar a imagem do Brasil nos EUA. Alguém precisa informá-lo que a iniciativa deixou de ser relevante, na medida em que, além de um presidente insuportável sob todos os pontos de vista, o país norte-americano faz tempo não é mais a bússola do mundo. Aliado a isso, europeus, chineses, africanos e latinos (exceto o argentino Javier Milei) contam nos dedos o tempo que ainda resta do mandato – o último – de quatro anos de Donald Trump. Nada como um dia atrás do outro. Trump vai para onde deixarem e Moraes continuará ministro do STF.

Três anos e cinco meses passam mais rápido do que imaginam os sádicos e subservientes Jair e Eduardo Bolsonaro. Findo esse prazo, Trump e seus asseclas terão obrigatoriamente de desocupar a Casa Branca para um novo inquilino. Norte-americanos sensatos e o mundo globalizado torcem para que o sucessor de Trump seja alguém tragável e que recolha aos confins da Sibéria os intragáveis, principalmente os capachos e vassalos do Brasil. Que o próximo presidente dos EUA faça o que Alexandre de Moraes fará em breve com o senhorzinho servil, independentemente das novas sanções impostas ao Brasil pelo mestre dos horrores.

Na oportunidade, o governo brasileiro, provavelmente comandado mais uma vez por Luiz Inácio, oferecerá baldes, vassouras, esfregões e rodos sem tarifaço para remoção dos micróbios, peçonhas e demais impurezas deixadas na casa presidencial. Para quem deseja – e não terá – o poder a qualquer custo, a Trump Friday pode representar o último suspiro de liberdade para Jair Bolsonaro. As sanções de Donald Trump e os gritinhos histéricos dos traíras não reduziram a força de Alexandre de Moraes. Pelo contrário. Dizem as boas línguas que ele já pediu autorização ao apresentador Raul Gil para fazer uso do banquinho cenográfico e recomendar a Bolsonaro que saia de mansinho rumo aos quintos da ponte que partiu. Deve ser uma viagem sem volta.

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Misael Igreja é analista de Notibras para assuntos políticos, econômicos e sociais

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